segunda-feira, 28 de abril de 2014

AGENDA PAROQUIAL - 28/04 a 04/05

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
23 a 27/04/2014

Dia 28: 19h Confraternização da Via-Sacra dos Jovens da Redenção e Matriz, na casa do Diácono Castro.
Dia 29: 15h30 Espiritualidade com os Grupos Missionários "Maria de Casa em Casa", na Matriz.
Dia 29: 19h30 Conselho da Matriz.
Dia 29: 19h30 Espiritualidade do Festejo de Nossa Senhora de Fátima-Redenção.
Dias 30/04 a 09/05: Assembleia Geral da CNBB em Aparecida-SP.
Dia 30: 19h30 Missa de Envio das Imagens que visitarão as famílias no mês de maio, na matriz.
Dia 1º de maio: 6h Caminhada de Abertura do Festejo de Nossa Senhora de Fátima-Redenção. Depois da caminhada, missa e café da manhã partilhado. Neste dia não haverá expediente na matriz da paróquia.
Dias 02 a 13: 19h30 Festejo de Nossa Senhora de Fátima - Redenção
Dia 2: Missas do sagrado Coração de Jesus:
17h Nª Srª da Penha: Padre Everaldo
17h30 Santa Terezinha/Matriz: Padre João Filho
19h30 Nª Srª do Perpétuo Socorro: Padre João Filho
19h30 Nª Srª da Vitória: Padre Everaldo
Dias 3 e 4: Final de Semana Paroquial de Oração pelas Vocações. Oração Vocacional - Clique aqui
Dias 3 e 4: 7h Bazar da Solidariedade na Matriz.
Dia 3: 9h Missa da Saúde, Festejo de Nª Srª de Fátima, na Redenção.
Dia 3: 15h Confissões da 1ª Eucaristia, no Coroado.
Dia 3: 16h Reunião de Preparação do Festejo de Santa Terezinha-Matriz.
Dia 4: 7h Batizados do Festejo de Festejo de Nª Srª de Fátima, na Redenção.
Dia 4: 9h Formação Paroquial da Catequese no Instituto Farina.
Dia 4: 10h Primeira Eucaristia do Coroado.
Dia 4: 14h30 Início da Capacitação dos Líderes da Pastoral da Criança. (Local a definir).
Dia 4: 15h Reunião Paroquial do Apostolado da Oração nos Barés.
Dia 4: 16h Reunião da Equipe Vocacional Paroquial na Penha.
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo

Pároco da Paróquia Santa Terezinha

domingo, 27 de abril de 2014

Domingo da Divina Misericórdia - Instituição da Sagrada Confissão

No primeiro domingo após o da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia, instituída pelo saudoso papa, São João Paulo II, seguindo o pedido que Jesus insistentemente fez a Santa Faustina Kowalska, polonesa, cujo processo de beatificação foi conduzido pelo mesmo Papa.
É neste domingo que a Igreja celebra a Instituição da Sagrada Confissão (= Penitência), que Jesus instituiu no mesmo dia de sua Ressurreição. Aparecendo aos Apóstolos reunidos no Cenáculo – no domingo da Ressurreição – Jesus disse: “Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados, os pecados lhes serão perdoados; aqueles a quem não perdoardes os pecados, os pecados não serão perdoados” (Jo 20,22).
No Plano da salvação, o Pai enviou o Filho para o perdão dos pecados; e o Filho enviou a Igreja. Ele quis que o perdão dos pecados fosse dado não de maneira vaga e abstrata, mas de maneira concreta, pelos ministros da Igreja, os sacerdotes do Senhor. Por isso, o sacerdote ao perdoar nossos pecados diz: “Pelo ministério da Igreja… eu te absolvo de todos os teus pecados”. Que consolo! Que alegria, saber que o Sangue precioso do Senhor derramado na Paixão lava a nossa alma de todos os pecados. Não há misericórdia maior; não há amor mais profundo; não há certeza mais firme de perdão.
Quem não se confessa com o sacerdote do Deus Altíssimo deixa de lado a graça, o perdão e a paz; ofende o coração de Jesus que foi até o extremo da Cruz para nos garantir esse perdão, a reconciliação com Deus e a vida nova. Desprezar o sacramento da Confissão é desprezar o Sangue, o sofrimento, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus.
O Beato João Paulo II, seguindo o que diz o Catecismo da Igreja, de que a Penitência é um sacramento de cura, disse: “Os consultórios de psiquiatras e psicólogos estão cheios porque os confessionários estão vazios”.
Jesus veio “para tirar o pecado do mundo” (Jo 1, 29); Ele é o Cordeiro de Deus imolado para nos arrancar das garras do demônio e nos levar para liberdade dos filhos de Deus. E isso
Ele faz nos libertando do pecado e da morte eterna. São Paulo disse que  “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).
Não há libertação maior do que do pecado que nos escraviza sob o jugo da morte. Neste domingo Jesus nos dá a grande graça do perdão pelo ministério da Igreja e dos seus sacerdotes. Corramos a fonte da graça e da salvação, com o coração bem disposto. Pobre e infeliz daquele que despreza tão grande dom!
Jesus ensinou a Santa Faustina o Terço da Misericórdia e pediu que o espalhasse pelo mundo; graças a Deus se espalhou; é uma fonte de graça e de misericórdia, especialmente para os moribundos.

Prof. Felipe Aquino

DIVINA MISERICÓRDIA

Divina Misericórdia é uma devoção religiosa católica de origem polonesa, e cuja divulgação se deve a Santa Faustina Kowalska, que é considerada uma das grandes místicas da Igreja Católica. Em seu Diário, a religiosa relatou ter recebido instruções de Jesus, através de aparições, para que desse a conhecer ao Mundo a Sua Misericórdia. O processo de beatificação desta religiosa se iniciou por iniciativa do, então, Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Karol Wojtila, e, posteriormente, foi canonizada pelo mesmo bispo, já enquanto Papa João Paulo II.
Mais tarde, a devoção à Divina Misericórdia foi reforçada pelos apelos feitos por Jesus à famosa mística italiana Mamma Carmela Carabelli.
Elementos da devoção
Segundo os católicos, Jesus Cristo não apenas ensinou a Irmã Faustina Kowalska os pontos fundamentais da confiança e da misericórdia para com os outros, mas também revelou maneiras especiais para vivenciar a resposta à Sua Misericórdia. A isso chamam de devoção à Divina Misericórdia. A palavra "devoção" significa o cumprimento das nossas promessas. É uma entrega da vida ao Senhor, que é a própria Misericórdia. Entregando a vida à Divina Misericórdia - ao próprio Jesus Cristo - a pessoa se torna instrumento da Sua Misericórdia para com os outros, assim podendo vivenciar o mandamento Bíblico:
Sede misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso.(Lc 6,36)
Acreditam ainda, que, através da Irmã Faustina Kowalska, Jesus Cristo deu aos fiéis meios especiais de fazer uso da Sua Misericórdia:
·        A Imagem da Misericórdia Divina,
·        O Terço da Misericórdia,
·        A Festa da Divina Misericórdia,
·        A Novena da Divina Misericórdia
·        A Oração das 3 horas da tarde (em memória da hora da Sua morte).
Esses meios especiais são, segundo os devotos, um acréscimo ao Sacramento da Eucaristia e da Reconciliação que foram dados à Igreja.
Festa da Divina Misericórdia
O Papa João Paulo II, em Maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domigo da Divina Misericórdia. Segundo os católicos, por meio desta apóstola da Misericórdia, a Irmã Faustina Kowalska, Jesus prometeu: "Neste dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das penas e culpas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim".
Terço da Misericórdia
Início
Pai Nosso... Ave Maria... Creio em Deus Pai...
Nas contas grandes
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo,
em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.
Nas contas pequenas
Pela Sua dolorosa paixão, tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.
No fim do terço (rezar três vezes)
Deus Santo, Deus Forte, Deus imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.
Leituras recomendadas
Bergadano, Elena; Faustina Kowalska - A Mensageira da Divina Misericórdia. Lisboa: Paulinas Editora.
Laria, Raffaele; Santa Faustina e a Divina Misericórdia. Lisboa: Paulus Editora.
Ver também
As Apóstolas da Divina Misericórdia:
Outros Rosários/Terços:
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Páginas oficiais dos Santuários da Divina Misericórdia:
Páginas de informação (e divulgação) sobre a devoção:

REFLEXÃO DOMINICAL - 2º DOMINGO DE PÁSCOA - DIVINA MISARICÓRDIA

2º DOMINGO DE PÁSCOA - DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA
ANO A - 27/04/2014 
Neste 2º Domingo de Páscoa, também conhecido como Domingo da Divina Misericórdia, teremos a graça de celebrar com toda a igreja a canonização de dois grandes e queridos papas: João XXIII e João Paulo II. Por meio do evangelho deste domingo, estaremos recordando a missão da Igreja de levar a paz e o perdão ao mundo, como frutos da presença do Espírito do Ressuscitado. Por sua vez, não seria errado nomear este dia como Domingo da Igreja, Domingo da Comunidade Cristã onde o Cristo Ressuscitado está presente em seu meio.
Desde os primeiros anos de vida, a Igreja viveu fortes momentos de perseguições, como ainda vive nos dias de hoje, só que de um modo disfarçado. Dar continuidade ao projeto de Jesus na terra sempre exigiu muito de seus seguidores. Somente pela força do Espírito Santo, isso se tornou possível. Olhar profundamente para a igreja primitiva em meio a suas dificuldades nos ajudará a tomar atitudes diante dos desafios de hoje. Pedro em sua primeira Carta nos diz que mesmo sendo portadores de uma esperança viva e incorruptível, o processo pelo qual nascemos de novo se dá em meio a aflições e tribulações. É a fé que deve ser provada pelo fogo, como o ouro. A esperança viva que trazemos no coração não nos isenta dos desafios deste mundo.
A cruz marcou profundamente a vida dos discípulos de Jesus, a tal ponto de esquecerem todos os sinais realizados por ele desde quando foram chamados à beira do Mar da Galileia. Com efeito, em grande parte das aparições de Jesus Ressuscitado aos discípulos, mostrar as mãos e o lado, aparece sempre de um modo insistente. De certo modo é como se os discípulos levantassem esta pergunta: Como pode aquele chagado e ferido na cruz, agora está vivo? O próprio Tomé diz só acreditar depois que por o dedo nas marcas dos pregos das mãos e no lado de Jesus. A cruz parece ter ocupado o centro da vida dos seguidores de Jesus e, além disso, os levou ao fechamento em si mesmo. A missão de ir e anunciar a todos os povos, tão marcante nas aparições do ressuscitado, está seriamente comprometida!
Na verdade, não é assim que fazemos diante das dificuldades e cruzes? Como Tomé, nos afastamos dos irmãos, pensando resolver nossos problemas por meio de nosso isolamento. Como agimos diante dos problemas da vida? Entretanto, acabamos esquecendo que são principalmente nestes momentos que a comunidade deve se tornar nosso “porto seguro”. Não porque esta seja formada por pessoas que não sofram com suas cruzes, mas porque ao redor das pessoas que dela fazem parte, Cristo está no meio! Somente ele pode nos comunicar o dom da paz e do perdão, por meio de seu Espírito. De que mais precisamos, quando passamos por esses momentos?
A comunidade primitiva, descrita na primeira leitura nos Atos dos Apóstolos, narra uma comunidade que já deu grandes passos para vencer a tentação do isolamento; em vez de fechar-se em si mesmo, ela procura cumprir o mandato de Jesus em suas aparições: Ide e Anunciai! Não é uma Igreja fechada e amedrontada, o que não quer dizer ausência de conflitos, mas uma Igreja que desperta estima em todo o povo, por meio dos sinais e prodígios que realiza. Está sempre a crescer, pois o testemunho de unidade e partilha de vida e bens, consegue apresentar aos outros um modelo de vida, pautado na entrega e doação. A comunidade dos Atos dos Apóstolos manifesta-se como sinal ao mundo, pois aprendeu a cultivar em seu meio valores indispensáveis para quem recebeu de Deus esta missão: perseverança no ensino dos apóstolos, comunhão fraterna, fração do pão e oração. Aprendamos assim, neste Domingo da Divina Misericórdia, por meio da palavra de Deus que hoje a Liturgia nos propõe, a sermos uma Igreja sinal e instrumento da ação de Deus em nosso mundo. Que o medo não nos paralise! Amém.
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo
Pároco da Paróquia Santa Terezinha

quinta-feira, 24 de abril de 2014

2º SARAU MUSICAL

Olá galera, depois do período quaresmal esta será nossa oportunidade de um grande momento de descontração, 2º SARAU MUSICAL. Todas as Comunidades da Paróquia Santa Terezinha e demais Paróquias são convidadas a prestigiar o evento. Compartilhe esta ideia, a Comunidade Penha/Sacavém terá o maior prazer em recebê-los. Grande abraço.
João Serra
Coordenador da Comunidade Nossa Senhora Penha/Sacavém - Paróquia Santa Terezinha - Filipinho

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Momentos de Oração pela Canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II


Caríssimos paroquianos e paroquianas de Santa Terezinha.
No próximo domingo, dia 27, celebraremos o 2º Domingo de Páscoa. Este domingo também é conhecido como Domingo da Divina Misericórdia. Por graça de Deus, estaremos celebrando também a canonização do papa João XXIII e do papa João Paulo II.
Gostaria de incentivar as Comunidades de nossa Paróquia a prepararem para este dia, um belo momento de Adoração ao Santíssimo. Por exemplo, na Matriz, este momento vai acontecer após a missa das 8h; na Comunidade Nª Srª do Perpétuo Socorro, Coroado, antes da Missa das 10h. Peço, portanto, que as outras comunidades, se não tiverem compromissos agendados neste dia, tentem preparar este momento com muita dedicação. Caso a comunidade já tenha alguma programação já marcada, não terá necessidade de desmarcá-lo.
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo

Pároco da Paróquia Santa Terezinha

terça-feira, 22 de abril de 2014

AGENDA PAROQUIAL - 23 a 27/04

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
23 a 27/04/2014

Dias 23,24 e 25: 19h30 Assembleia Paroquial na Matriz.
Dias 26 e 27: Curso Bíblico Arquidiocesano.
Dia 26: 10h Reunião Paroquial com os Coordenadores de Grupos de Jovens, na Matriz.
Dia 26: 16h Reunião de Preparação do Festejo de Santo Antonio, Barés.
Dia 26: 19h Reunião com a Comunidade da Vila Mariana, na Matriz.
Dia 26: 19h Formação Paroquial dos Ministros da Eucaristia, na Matriz.
Dia 26: 19h Adoração Paroquial dos Coroinhas, na Redenção.
Dia 26: 20h Sarau Musical da Penha, Sacavém.
Dia 27: DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA E CANONIZAÇÃO DO PAPA JOÃO XXIII E DO JOÃO PAULO II
Dia 27: 8h Reunião Arquidiocesana dos Ministros da Eucaristia, na Igreja de São Vicente.
Dia 27: 10h Mutirão na Redenção.
Dia 27: 9h30 Reunião da Pastoral da Criança, na Matriz.
Dia 27: 15h Reunião da Cúria da Legião de Maria, na Matriz.
Dia 27: 19h Confraternização dos Jovens da Via-Sacra do Coroado.

MISSAS:
Dia 26 - SÁBADO:
17h30 - Matriz: Padre Everaldo (Acolhida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Redenção).
19h30 - Nª Srª da Vitória - Outeiro da Cruz: Padre João Filho. (Acolhida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Redenção).
DIA 27 DOMINGO:
7h - Nª Srª de Fátima - Redenção: Padre Everaldo.
8h - Matriz: Padre Everaldo (Acolhida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Redenção). Após a Missa haverá Adoração ao Santíssimo pela Canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II.
10h - Nª Srª do Perpétuo Socorro - Coroado: Padre Everaldo (Acolhida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Redenção). Antes da Missa haverá Adoração ao Santíssimo pela Canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II.
17h - Nª Srª da Penha - Sacavém: Padre João Filho (Acolhida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Redenção).
19h - Santo Antônio - Barés: Padre João Filho (Acolhida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Redenção).

domingo, 20 de abril de 2014

HOMILIA - Tríduo Pascal - DOMINGO DA PÁSCOA

DOMINGO DA PÁSCOA
“Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!” Hoje é na verdade o dia que o Senhor fez para nós; o dia que dá sentido a todos os outros dias. É Páscoa! É Ressurreição! A morte não teve a sua última palavra na cruz, pois do sepulcro vazio brotou a vida sem fim. Nós que comemos e bebemos com Ele, depois que ressuscitou dos mortos, devemos sempre testemunhar ao mundo, com as palavras a atitudes, que o amor venceu a morte. Na primeira leitura de hoje, tirada dos Atos dos Apóstolos, escutamos que o Senhor se manifestou não a todo o povo, mas a algumas testemunhas que Ele havia escolhido. Pode ser que grande parte das pessoas entendam este dia como mais um feriado, ou como uma festa qualquer onde se ganha ovos de páscoa e come-se muito chocolate. No dia de hoje celebramos muita mais que isso, celebramos o dia que Deus nos preparou desde a eternidade; fomos feitos para este dia.
Por meio do evangelho de João (20,1-9), toda a ação litúrgica nos conduz à compreensão de seu significado. Nele encontramos a ida de Maria Madalena, ainda de madrugada e no primeiro dia da semana, ao túmulo. Lá, ela não encontra nada, apenas constata a ausência de seu corpo. Quantas vezes em nossas buscas e caminhadas nos deparamos apenas com a ausência como resposta pra nós? Imediatamente ela vai ao encontro de Pedro e do discípulo que Jesus amava. Eles, ao chegarem ao sepulcro, se deparam com a mesma realidade, acrescidos dos panos de linho jogados no chão, juntamente com um pano que fora colocado sobre a cabeça de Jesus, que estava colocado num lugar à parte.
A partir de nosso chamado, nossa vocação consiste num esforço contínuo em buscar as coisas do alto. As coisas terrestres não conseguem satisfazer o profundo desejo presente desde cedo em nós das coisas do céu. A nossa vida está escondida em Cristo e por isso, como alguém já bem expressou por meio de uma canção, somos filhos do céu! Agora, aspirar às coisas do alto não quer dizer que não se vive os grandes embates e desafios da vida na terra. Os filhos do céu também experimentam momentos de sepulcro vazio. O diferencial é que vivemos as realidades terrestres com os olhos e o coração voltados para as realidades celestes, são elas que nos orientam e animam. Fazem-nos ver de um modo diferente e ao mesmo tempo transformador.
Não esqueçamos também queridos irmãos e irmãs, que a Páscoa é a festa da família, a festa da Igreja. Cantamos hoje com muita força: “Este é o dia que o Senhor fez para nós!”, não o fez para mim somente. O que seria de Madalena, se ela tivesse guardado para si a frustração de ter ido ao sepulcro e não encontrar o corpo de Jesus? E se os apóstolos tivessem correndo sozinhos depois do anúncio de Madalena? Páscoa é festa da comunidade, onde todos sentem a presença do outro que caminha ao lado, mesmo diante das ausências e dos sepulcros vazios. Enquanto Pedro entrou e viu, o discípulo que Jesus amava entrou, viu e acreditou. Em nossa vida acontece a mesma coisa, diante das tribulações não conseguimos enxergar os sinais da presença da vida que começa a brotar. Páscoa é caminhar juntos e ser fortalecido pelo outro que consegue ver e crer o que nós não percebemos. Feliz Páscoa a todos!!!!
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo

Pároco da Paróquia Santa Terezinha

sábado, 19 de abril de 2014

HOMILIA - Tríduo Pascal - VIGÍLIA PASCAL

VIGÍLIA PASCAL
A Vigília que hoje celebramos é conhecida como a mãe de todas as vigílias. Nela, reunidos como Igreja ao redor do Círio Pascal, sinal da presença do Cristo Ressuscitado, renovamos as promessas de novo batismo. A luz e a água serão os sinais marcantes dessa celebração. A luz nos fazendo recordar o dom da fé que hoje renovamos, a luz de Deus presente desde a criação, passando por toda a história da salvação, e chegando à sua plenitude em Jesus. A água como elemento purificador e ao mesmo tempo restaurador, capaz de destruidor os carros e cavalos do faraó. Portanto todos os batizados são convidados a vivenciarem com muita devoção e fé este momento. Assim como na quinta-feira, na missa do Crisma, os sacerdotes renovam suas promessas sacerdotais, hoje todos os batizados assim o fazem com relação a esta graça comum. Como batizados, somos encarregados de uma missão especial na Igreja e no mundo: anunciar a Jesus Ressuscitado e mostrar onde podemos encontrá-lo.
Como as mulheres que vão de manhã cedo ao sepulcro, no primeiro dia da semana, nós também trazemos desde cedo em nosso coração, o anseio de procurar e encontrá-lo. Em todos os Evangelhos esta pergunta é insistentemente repetida: A quem procurais? Mesmo às vezes procurando em lugares errados, isso não sufoca em nós este desejo existencial, estamos sempre em busca de Deus! Até mesmo quando nos perdemos em nossos pecados e vícios, não deixamos de manifestar traços da mesma procura; neste caso a busca está se dando no lugar errado e o encontrado não é o que motiva a procura, eis a razão de tantas frustações. Mas o importante de tudo é sair e buscar; ficar acomodado não resolverá o problema. Pois mesmo procurando entre os mortos àquele que está vivo, lá encontraremos sinais que nos apontarão para o que de verdade buscamos. Não deixemos que o medo paralise a nossa busca!
No sepulcro não está o que procuramos, mas até mesmo nele, podemos encontrar sinais de que a “pedra da morte” não foi capaz de conter a vida. O sentido do ser discípulo é ser anunciador. E não se anuncia por meio de sinais de ausência, o anúncio se faz a partir da presença, do encontro. Anunciar sem medo, com a alegria que só o Ressuscitado pode nos comunicar. Mas nossa missão de batizados não se restringe somente em anunciar que ele está vivo, é preciso mostrar onde o podemos encontrar. A busca sem o encontro seria de certa forma incompleta e até mesmo frustrante. Que sentido teria ter no coração um forte desejo se não fôssemos capazes de satisfazê-lo por meio do encontro? O verdadeiro discípulo é aquele que busca e faz os outros entenderem o sentido da busca e onde buscar; como também, é aquele que encontra, pois foi encontrado e faz com que os outros saibam onde encontrar.
E o encontro se dá na Galileia. O Senhor vai á nossa frente lá na terra de tantas raças e culturas; tantos sofridos e escravizados; doentes que precisam de cura e dignidade. Foi na Galileia onde Jesus exerceu grande parte de seu ministério - curas, milagres, pregações e caminhadas. Nesta terra de missão encontramos o sentido de nossa busca. É a terra do chamado, onde os discípulos forma chamados e onde são formados em seu discipulado. Ir às periferias, nos diz insistentemente o papa Francisco, é o mesmo que nos disse Jesus quando pediu ás mulheres e aos discípulos que fossem à Galileia. Não somente a eles, mas principalmente a nós! Lá o veremos em tantos rostos sofridos, em tantos que estão perdendo ou já perderam o sentido da vida.
Nesta noite santa, com lâmpadas acesas e coração vigilante, meditaremos os sinais e prodígios que o senhor realizou por toda história da salvação; desde a criação, até a manifestação de seu supremo amor, em Jesus Cristo. Seja na fidelidade de Abraão ou na travessia do Mar Vermelho; seja pela boca dos profetas convidando ao retorno dos caminhos do Senhor ou na manifestação de sua sabedoria. Animados por tão animadores testemunhos, voltemos nosso olhar para os sinais de vida que hoje o mesmo Deus realiza em nossas vidas. Assim seja!
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo

Pároco da Paróquia Santa Terezinha

sexta-feira, 18 de abril de 2014

HOMILIA - Tríduo Pascal - Sexta-feira da Paixão do Senhor

 SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR
Não cabe para o dia de hoje uma grande reflexão. As leituras, gestos e cantos da Liturgia de hoje falam por si mesmo. Toda a Igreja hoje, reunida em oração, coloca-se vigilante e silenciosamente diante da Cruz de nosso Redentor. E este não é um silêncio inativo, pois ele fala e transforma, apenas as palavras são trocadas pela contemplação, pois neste dia tentaram calar a Palavra Encarnada com a morte. É momento de fazer memória de suas dores e sofrimentos na cruz para que assim, unidos a Ele, aprendamos a completar com a nossa vida e sofrimentos o que falta à sua Paixão. Não querendo dizer assim que a sua Paixão não tenha sido realizada de um modo pleno, pois Jesus nos amou e amou-nos até o fim; completamos a sua Paixão quando, unidos a Ele pela entrega de nossas vidas, mostramos ao mundo que a vida tem a última palavra diante da morte.
Deste modo, mergulhados num profundo “silêncio de esperança”, abramos o coração para dois grandes pilares que a liturgia da paixão nos apresenta como sustentáculo na construção do projeto de Deus para toda humanidade: a obediência e a confiança. O servo sofredor e obediente do Capítulo 52 do Profeta Isaías é descrito como alguém macerado pelo sofrimento; tão marcado pelas dores que desperta desprezo nos outros. Aos olhos humanos é visto como alguém maldito, desprezado pelo próprio Deus. Mas, no entanto, estava cumprindo com êxito em sua vida, a vontade do Senhor. Não abre a boca, é obediente! Como Jesus, descrito na carta aos Hebreus, aprendeu a obedecer pelo sofrimento. O servo e a serva obediente à vontade de Deus, mesmo em meio às provações e sofrimentos, tornam-se canais de benção, cura e paz aos atribulados... Toda abertura à vontade de Deus é eficaz!
A obediência provém da confiança, não podemos falar de uma sem ter que fazer referência à outra. E compreender o significado mais profundo do que é a confiança, basta lermos em sua totalidade o salmo 30(31). Diante de tanto desprezo, não somente dos inimigos, mas também dos amigos e vizinhos, o salmista canta sua confiança no Senhor. Adorar na celebração de hoje o madeiro da Santa Cruz é contemplar o significado pleno da obediência e da confiança.
A cruz vivenciada a partir da obediência e confiança em Deus torna-se frutuosa. Ela é como a fruta que é macerada para ter produzir um suco refrescante e saboroso. É capaz de transformar o jardim da traição em jardim da esperança, de onde vai brotar a vida. Nossa vida sem esses dois pilares perde o seu verdadeiro sentido. Jesus se faz obediente porque confia, tem consciência de tudo o que ia acontecer, por isso não faz uso da espada. Tem certeza que só o amor é capaz de vencer a dor da entrega.
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo

Pároco da Paróquia Santa Terezinha

quinta-feira, 17 de abril de 2014

HOMILIA - Tríduo Pascal - CEIA DO SENHOR

HOMILIA - MISSA DA CEIA DO SENHOR E LAVA-PÉS
A Celebração de hoje marca o início do Tríduo Pascal. Nela celebramos a Instituição da Eucaristia, trazendo em sua estrutura a recordação do Lava-Pés, realizado por Jesus durante a última ceia. É o mandamento novo, o exemplo do serviço como maior manifestação do amor de Deus. Mas, no entanto não podemos esquecer que neste dia, na parte da manhã, realizamos uma celebração de grande importância, mas que não faz parte do tríduo santo: a Missa do Crisma. Nesta celebração acontece a benção dos óleos que serão utilizados nos Sacramentos, como também a renovação das promessas sacerdotais, feita pelos padres reunidos em presbitério, ao redor de seu bispo. É a missa da unidade!
Sabemos muito bem que para que o Reino de Deus seja implantado na terra, exige-se um trabalho insistente e forte, pois as forças da morte lutam contra sua implantação. Basta fazermos memória de toda a história da salvação como também de nossa história e da Igreja, para nos certificarmos deste grande embate. Gostaria de início de evidenciar este embate em cada uma das leituras de nossa Liturgia vespertina, que como disse anteriormente, marca o início do Tríduo Pascal. Vejamos por primeiro a descrição da instituição da Festa Pascal, contada pelo autor sagrado do livro do Êxodo. É a descrição da festa da passagem libertadora do Senhor, onde o povo de Deus, a comunidade, as casas e famílias celebraram a saída da terra da escravidão. Ela é descrita como uma “festa memorável” a ser transmitida de geração em geração. Como se dá essa festa? Realiza-se de um modo tranquilo e sereno? De modo algum! Mesmo sendo festa ela acontece em meio ás pressas, tendo em seu cardápio não somente manjares agradáveis, mas também ervas amarga. As marcas de sangue nas portas das casas são o sinal de remissão frente os castigos, pragas e feridas realizadas pelo Senhor. A saída da terra da escravidão não é um processo tranquilo, exige lutas e sacrifícios.
Com o salmo 115, vislumbramos o fruto e a consequência de todo esse processo antagônico, onde a morte luta em se sobrepor sobre a vida. O salmista invoca o nome do Senhor, oferece um sacrifício de louvor, cumpre suas promessas ao Senhor, invoca o seu nome e eleva o cálice. O que o motiva a fazer tudo isso? Por que tamanho testemunho cultual diante de seus irmãos? Ele vai dizer: “me quebrastes os grilões da escravidão”. Era escravo e foi liberto pelo Senhor, celebra em meio aos seus tudo o que o Senhor fez em sua vida. E pelo modo como descreve sua gratidão ao Senhor, sua escravidão era grandiosa. Quanto maior a escravidão, maior o embate para se alcançar a liberdade. O que celebramos ou como celebramos, evidencia nossa gratidão pela liberdade alcançada?
Na carta de São Paulo aos Coríntios, o apóstolo fala daquilo que recebeu e transmitiu à comunidade: tudo o que Jesus fez e seu significado a partir da última ceia. Qual o seu sentido e que nela aconteceu? Na noite em que foi entregue, ele doa seu corpo e sangue para que seja tomado em sua memória. Tomar do cálice e comer do pão ganhará a partir de então um significado bem maior de uma simples ceia, será a proclamação da morte de Jesus até que ele retorne. Em meio à noite, entrega e morte, o Senhor nos deixa este memorial para nos fazer entender que somente pela doação e entrega, estaremos verdadeiramente nos preparando para seu retorno. O memorial que recorda a cruz nos fortalece a lutar pela vida!
Por fim, chegamos ao evangelho narrado segundo João. Na ceia, sinal de comunhão e intimidade de vidas, Jesus se depara com a entrega de Judas e a incompreensão de Pedro. O diabo habita o coração de um dos seus! Nem todos os que estão partilhando aquela mesa estão limpos. A nossos olhos, esta refeição se faz cercada por um clima de fracasso. O que fazer diante de tudo isso? Como agir diante de situações onde a morte parece imperar? Jesus nos dá a resposta por meio de sua atitude. Manifesta seu amor incondicional e serve! Para ele a morte não é o fim, mas uma passagem para o Pai. Tinha certeza de que havia chegado sua hora e que do pai tinha saído e para Ele voltava. Somente a partir de uma confiança incondicional à Deus, seremos capazes de amar e servir, frente as forças da morte.

Por meio dessas descrições, procurei realçar um pequeno aspecto da Liturgia que hoje celebramos. Como bem sabemos, não terá sentido celebrar não levando em consideração os fatos que permeiam nossas vidas, a vida da igreja e de toda a sociedade. Hoje o Papa Francisco, na missa do Crisma, recordava que este dia é um dia de agradecermos três presentes: o sacerdócio, a Eucaristia e o mandamento do amor. Diante de tão grandiosos presentes, manifestemos com nossa vida o quanto somos gratos pelos seus dons. Amém!
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo
Pároco da Paróquia Santa Terezinha

domingo, 13 de abril de 2014

REFLEXÃO DOMINICAL - DOMINGO DE RAMOS

 DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR - ANO A - 13/04/2014

Desde o início do evangelho de Mateus o diabo procurou afastar Jesus do projeto de Deus, desvirtuando assim sua imagem como Filho de Deus. As tentações do início se fizeram presente durante todo o caminhar de Jesus, até mesmo na hora de sua entrega na cruz. Iniciamos hoje a Semana Santa e assim o fazemos com a celebração do Domingo de Ramos. Num local separado da igreja, nos reuniremos para abençoar nossos ramos e depois sairemos em procissão, com os ramos nas mãos, em direção à igreja onde celebraremos a Santa Eucaristia. Durante a celebração ouviremos dois evangelhos a serem proclamados: o primeiro, que vai narrar sua entrada em Jerusalém e o segundo, que narra a sua paixão. Sempre chama a atenção o paradoxo deste dia: começamos com a narração de uma entrada festiva e depois escutamos cenas de dor e traição. Teria algum sentido este paradoxo? É claro que sim! Agora, precisamos olhar com mais profundidade a Palavra de Deus que nos é proposta para este dia e assim descobrir a mensagem edificadora e transformadora para os dias de hoje. Além de Palavra proclamada, escutada, celebrada, deve se transformar em Palavra encarnada.
A alegria da entrada em Jerusalém não se suste por si mesma, ela é passageira e tem que ser vista em conexão com o que será proclamado posteriormente. A multidão Que proclama: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”, ainda não aprenderam o sentido da confiança incondicional a Deus e o sentido do ser filho. Isso vai acontecer somente a partir do mistério da paixão. Somente estender vestes pelo caminho, cortar ramos e proclamar hosanas, não faz um verdadeiro filho que confia seguramente em Deus. A partir da celebração de hoje, compreenderemos melhor o sentido da nossa filiação e de nossa confiança incondicional em Deus.
O discípulo descrito pelo profeta Isaías, que é capaz de pronunciar palavras de conforto aos abatidos e tem o ouvido atendo para escutar com atenção, é alguém resistente e não volta atrás. Mesmo diante de tantas adversidades, ele não desanima, pois Deus é o seu Auxiliador. Do mesmo modo é a atitude do salmista. São tantos os sofrimentos e perseguições que chega a nos faltar o fôlego: riem de mim, torcem os lábios e sacodem a cabeça, cães numerosos e bando de malvados que o cerca, mãos e pés transpassados, vestes rasgadas e sorteadas... Poderíamos completar essa lista com nossas tribulações e sofrimentos! Mas o que o faz ter também um comportamento paradoxal, a ponto de após tantas adversidades, falar em louvor, glória e anúncio diante de uma grande assembleia? Muito simples, a certeza de que Deus é a sua força. A confiança, a entrega e obediência, palavras essenciais que não podem faltar na vida de um discípulo. Frente às situações turbulentas de nossa vida, devemos sempre mais compreender que somente em Deus encontraremos refúgio. Se por elas passamos e não sucumbimos, foi por causa de nossa confiança Nele.
Por fim, gostaria de meditar sobre o verdadeiro sentido de nossa condição de filhos e filhas de Deus. Em quanto Jesus estava na cruz, os que passavam e os sumo sacerdotes manifestaram sua concepção do que é ser Filho de Deus: salvar a si mesmo e descer da cruz. Talvez por essa ótica, poderíamos entender a celebração de hoje um tanto que paradoxal, pois começou com acolhida e festa e terminou com um crucificado que não conseguia mais realizar grandes sinais. Mais o ser filho de Jesus não passa pelo salvar-se a si mesmo, mas pela obediência, entrega e esvaziamento, que gera vida e exaltação. É o que hoje vai nos admoestar o apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses. Jesus não desce da cruz ou não procura a sua própria salvação, ele entrega-se obediente ao Pai e a toda humanidade, a ponto de gritar fortemente: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”.
Com este gesto, vemos surgir um mundo novo e cheio de esperança. A doação por amor gera vida! Se para muitos a vitória está em salvar a própria vida e fugir da cruz, Jesus hoje nos mostra que o novo nasce da doação. Cortina rasgada, tremor de terra, pedras que se partem, túmulos que se abrem e mortos que ressuscitam, são sinais de um mundo que se desfaz e outro que se inicia com a entrega de seu espírito, de sua vida. Como entender tudo isso como um fracasso? Portanto, a celebração de Domingo de Ramos, abertura da semana santa, nos prepara para o novo que iremos celebrar de um modo mais intenso, nesses dias. O novo que surge por meio da proclamação de fé do oficial e seus soldados quando dizem: “Este era mesmo Filho de Deus!” Depois de contemplarem a entrega de Jesus na cruz, agora entendem o verdadeiro sentido do ser Filho de Deus.
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo

Pároco da Paróquia Santa Terezinha

terça-feira, 8 de abril de 2014

AGENDA PAROQUIAL - 08 a 14/04

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
08/04 a 14/04/2014

Dia 08: 8h30 Estadia do Pároco na Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Coroado.
Dia 08: 19h30 Preparação da Liturgia de Ramos, na Matriz.
Dias 09 e 10: 19h30 Formação Mariana Paroquial, na Matriz.
*Dia 09 - "Maria, Mãe da Evangelização", com Frei Benedito.
*Dia 10 - "Maria no Apocalipse de João", com Padre Franco Ausânia.
Dia 10: 19h30 Preparação da Liturgia da Vigília Pascal, na Matriz.
Dia 11: 19h Via-Sacra na Vila Mariana. Concentração em frente ao Seminário Dom Pascásio/Bacabal, no Sítio Leal.
Dia 12: 16h Reunião Paroquial da Pastoral do Dízimo, na Matriz.
Dia 12: 19h30 Celebração Penitencial com Confissão, no Outeiro da Cruz.
Dia 13: 7h - 1ª Procissão de Ramos: Saindo dos Barés, passando pelo Coroado e Redenção, em direção à Matriz.
          17h - 2ª Procissão: Saindo do Outeiro da Cruz, em direção à Penha.
(Não esquecer neste dia a Coleta Nacional da Campanha da Fraternidade 2014).
Dia 14: 18h Confissões com os Padres da Forania, na Matriz.


Fraternalmente,


Padre Everaldo Santos Araújo
Pároco da Paróquia Santa Terezinha

domingo, 6 de abril de 2014

REFLEXÃO DOMINICAL - 5º DOMINGO DA QUARESMA









5º Domingo da Quaresma – ANO A – 06/04/2014 
Liturgia - Leituras: http://liturgiadiaria.cnbb.org.br

Em tempos de Papa Francisco nossos ouvidos tem se acostumado com o insistente e desafiante imperativo: Saí! Sair de nossas zonas de segurança, sair em missão, sair de nossas casas e das quatro paredes da sacristia, para anunciar a alegria do Evangelho. E hoje descobriremos que este convite é bem característico ao tempo que estamos vivendo, o tempo quaresmal. A conversão é na verdade uma saída, a capacidade de sair de um caminho de escravidão para abraçar um novo que leva à vida. Vejamos como a liturgia do 5º Domingo da Quaresma nos ajudará a compreender as exigências desse imperativo, como também de bem vivenciá-lo.
O episódio da ressurreição de Lázaro tem início descrevendo que Jesus estava na Galileia quando toma conhecimento de que Lázaro estava doente. Mesmo sabendo disso, ele resolve permanecer mais dois dias no local onde se encontrava. Depois disso é que resolve partir, sendo que ao chegar Lázaro já havia sido sepultado há quatro dias. Já não se podia fazer mais nada, pois o corpo já havia entrado em estado de putrefação. Jesus chega depois do quarto dia quando já não se pode fazer mais nada, não há mais esperança de vida. E este é o espírito que domina toda a casa de Marta e Maria, como também todo o povoado de Betânia, sendo esta a razão do evangelho descrever que Jesus permaneceu fora do povoado. Na casa estão todos sentados, em sinal de passividade para com a morte, sendo consolados pelos judeus. A falta de esperança era tamanha neste ambiente que, quando Marta levanta-se para encontrar-se com Jesus, eles pensam que ela teria se levantado para ir ao túmulo chorar.
Levantar-se e ir ao encontro de Jesus, transforma-se num gesto de ressurreição tanto de Maria como de Marta, assim como também Lázaro para voltar à vida teve que sair do túmulo. Ele saiu de um lugar escuro e lacrado com uma pedra, num estado que expressa total falta de liberdade e autonomia: “atado de mãos e pés com lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano”. Deste modo, compreendemos que as figuras de Lázaro, Marta e Maria, são bem recorrentes em nossa vida. De quais situações somos chamados a ter a coragem de nos levantar, ou de quais sepulturas hoje o Senhor continua a nos chamar: (nosso nome), vem para fora? Entretanto, não basta apenas detectar de onde precisamos sair para nos libertar, é preciso saber como poderemos realizar este processo de libertação. E a resposta está nas palavras de Maria quando diz: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias: o Filho de Deus que devia vir ao mundo”. Só no trecho do evangelho de hoje encontramos oito vezes a palavra crer, que pode ser traduzida pela confiança nas palavras do Senhor.

“Espero em sua palavra”, canta o salmista em resposta a primeira leitura do profeta Ezequiel, que do mesmo modo vem hoje nos falar desse processo de saída e libertação: sair das sepulturas para ser conduzidos à terra da liberdade, pois o Senhor diz e faz. Sua palavra é viva e eficaz. Guiados pelo Espírito do Senhor, peçamos hoje a graça divina da vida segundo o espírito. Somente pela sua iluminação seremos capazes de viver plenamente a vida que, de Deus, recebemos como dom. Assim seja!
Fraternalmente, 
Padre Everaldo Santo Araújo
Pároco da Paróquia Santa Terezinha