segunda-feira, 26 de maio de 2014

PASCOM - Dia Mundial das Comunicações Sociais


48º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
ENCONTRO PARA COMUNICADORES

DIA: 1º de junho de 2014
HORARIO: 8h
LOCAL: Igreja de São José e São Pantaleão (Centro)
ENTRADA FRANCA!

Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA O XLVIII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
«Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro»

[Domingo, 1 de Junho de 2014]













Queridos irmãos e irmãs,
Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros.
Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas econômicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e econômicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.
Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimônio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.
Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».
Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-medianos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.
Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.
Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efectiva e afectivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.
O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (Bento XVIMensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.
Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria. A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.

Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.

Franciscus


AGENDA PAROQUIAL - 26/05 a 1º/06

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL - 
26/05 a 1º/06/2014

Dia 26: 19h30 - Reunião de Avaliação da 4ª Ação Social na casa de Dona Auridéia.
Dia 27: 19h30 - Reunião Paroquial da Pastoral Familiar, no Outeiro da Cruz.
Dia 28: 19h30 - Espiritualidade do Festejo de Santo Antonio, no Barés.
Dia 29: 19h30 - Reunião dos Conselhos das Comunidades e Coordenadores Paroquiais das Pastorais e Movimentos, na Matriz.
Dia 31: 10h - Reunião Paroquial dos Coordenadores dos Grupos de Jovens, na Matriz.
14h - Confissões da Eucaristia, no Sacavém.
Missas e Celebrações de Encerramento do Mês Mariano e Coroação de Nossa Senhora:
17h30 - Matriz: Padre Everaldo
18h - Redenção: Diácono Capistrano (Início com a Caminhada Mariana)
19h30 - Outeiro da Cruz: Padre João Filho
19h30 - Sacavém: Padre Everaldo
19h30 - Coroado: Diácono Castro
Dia 1º de Junho:
8h - Dia Mundial das Comunicações Sociais, na Igreja de São Pantaleão.
9h - Encontro Paroquial dos Catequistas, no Instituto Farina.
16h - Reunião da Equipe Vocacional Paroquial, no Sacavém.
17h - Primeira Eucaristia, no Sacavém.
19h30 - Abertura do Festejo de Santo Antônio, no Barés. TEMA: "Por vós Senhor, buscamos a verdadeira liberdade".
Uma semana abençoada a todos!!!
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo – Pároco da Paróquia Santa Terezinha

sábado, 24 de maio de 2014

REFLEXÃO DOMINICAL - 6º DOMINGO DE PÁSCOA


6º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO A - 25/05/2014
Dando continuidade ao discurso de Jesus na última ceia descrito pelo evangelista João, escutaremos as palavras do mestre para acalentar os corações perturbados de seus seguidores. Sua partida não é um fim de uma bela caminhada que acabou tendo sua vida encerrada pelo escândalo da cruz; tudo estava sendo conduzido por Deus e para Deus. Por isso, as palavras de hoje acalentaram os corações dos discípulos de ontem, como também servirão de força e estímulo para nós, os discípulos de hoje. Nas palavras de Jesus, já começamos a perceber uma nova etapa do projeto amoroso de Deus para a humanidade: o tempo onde o Filho deixará este mundo fisicamente, para iniciar a ação do Pai e do Filho, pelo Espírito Santo. É o Espírito da Verdade, o outro defensor, que nos fala o evangelho. A ausência física de Jesus deixa os discípulos inseguros, pois os mesmos entendem que com sua ausência a missão chegou ao seu final. De fato, este é um modo bem limitado de se entender o alcance da vida e missão de Jesus.
A ação do Espírito da Verdade será a de conduzir os discípulos a uma visão mais ampla de sua missão. Dirá Jesus: “Mas vós me vereis, porque eu vivo e vós vivereis.” (João 14,19) O ver a Jesus após a cruz, o que o mundo não é capaz de fazer, significa acreditar na sua presença atuante e transformadora conduzindo a missão; só os que têm olhos de ressuscitados são capazes de vê-lo! Assim compreendemos porque no domingo passado Jesus falava de nossa capacidade em realizar obras maiores do que as feitas por ele. É a missão que se estende para além do tempo e do espaço, é o Espírito que leva à comunhão do amor, para uma plena e frutuosa vivência dos mandamentos. Tudo isso sendo vivido a partir da dinâmica da comunhão: do Filho com o Pai, e do Filho com a humanidade. Não podemos entender a ação do Espírito sem falar de comunhão.
E conduzido pelo Espírito, Filipe chegará até a Samaria, cidade desprezada pelos judeus. A acolhida, o seguimento e os milagres realizados ali, são sinais de que o Espírito Santo conduz a ação da igreja para além dos limites que lhes davam segurança. É a saída da zona de conforto! A abertura para a compreensão de que a missão de Jesus ultrapassa o tempo e o espaço, leva-nos também à compreensão da amplitude dessa mesma missão para além dos limites culturais e raciais. As multidões o seguiam com atenção e todos unânimes o escutavam, pois Filipe anuncia a Jesus, o que era confirmado por seus sinais e prodígios: possessos, cegos, paralíticos, aleijados, grande era a alegria naquela cidade. Estes são sinais que confirmam na missão a universalidade do amor de Deus. Nas palavras do salmista compreendemos este linguajar universal de Deus: “Como são grandes vossas obras! Toda a terra vos adore com respeito e proclame o louvor de vosso nome! Vinde ver todas as obras do Senhor: seus prodígios estupendos entre os homens!” (Salmo 65).
Peçamos neste domingo, a graça de testemunhar ao mundo o quanto a amor de Deus não tem limites, por meio de nosso bom procedimento. Não existe meio mais eficaz de se testemunhar a razão de nossa esperança do que através de nosso bom comportamento; fazer o bem quando recebemos o mal, perdoar quando somos ofendidos, amar quando somos odiados. “Se em alguma coisa fordes difamados, ficarão com vergonha aqueles que ultrajam o vosso bom procedimento em Cristo”. (I Pedro 3,16). Transformados na “nova vida pelo Espírito”, falaremos de Deus ao mundo por meio de nossas boas obras.

Que as Palavras do Santo Evangelho vos guardem para a vida eterna. Amém.

Padre Everaldo Santos Araújo
Pároco da Paróquia Santa Terezinha

segunda-feira, 19 de maio de 2014

4ª AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA SANTA TEREZINHA

Domingo, 18/05, aconteceu a 4ª AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA SANTA TEREZINHA, no Convento das Irmãs de São José de São Jacinto, no Filipinho. A Ação iniciou às 8h e encerrou às 14h, com um grande público, sendo mais de 400 atendimentos, dentre eles, Clínico Geral, Oftalmologista, Ginecologista, Destista, Nutricionista, Fisioterapeuta, Tepapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogo, Psicólogo, Vacinação, Aferição De Pressão, Teste De Glicemia, Massagem, Limpeza De Pele, Cabeleireiros, Dança e Recreação.

Tivemos também um stand para coleta de assinaturas para a Campanha do Projeto de Lei ‘REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA E ELEIÇÕES LIMPAS’, Campanha esta formada por diversas entidades e a CNBB.
"Agradecemos a todos que estiveram aqui se dispondo com seu serviço, dons, com a sua presença, mais do que você atender as pessoas,  estar junto e dar a atenção às pessoas que estiveram aqui,  é muito importante e pedir que Deus nos conceda a graça de estar sempre unidos em comunhão com as nossas comunidades, paróquia, arquidiocese, com a nossa igreja. Agradecemos com muito carinho a todos os profissionais que doaram seus dons a serviço do mais necessitado, a todos os paroquianos e amigos que trabalharam para a realização desta linda Ação Social, agradecemos também a todos os participantes que tornam esse momento uma ação concreta de serviço, doação e amor ao próximo." Padre Everaldo Araújo, pároco da Paróquia Santa Terezinha.

sábado, 17 de maio de 2014

REFLEXÃO DOMINICAL - 5º DOMINGO DE PÁSCOA


5º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO A - 18/05/2014
Liturgia - Leituras: http://liturgiadiaria.cnbb.org.br
“TENHAMOS UM OLHAR DE RESSUSCITADOS!”
Neste quinto domingo da páscoa, lemos em nossas celebrações, doze versículos do capítulo catorze do evangelista João. É o grande discurso de despedida proferido por Jesus, durante a última ceia. “Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Foi durante a ceia.” (João 13,1) Ao escutar este discurso, os discípulos ficam perturbados, como também ficamos quando percebemos a proximidade da cruz. Certamente, eles ainda não haviam compreendido profundamente o sentido do “amar até o fim” dito por Jesus no início daquela ceia. Na verdade, a ceia e o lava-pés, apontam claramente em seus gestos e sinais para a entrega amorosa do mestre. O medo paralisa os discípulos de modo que não conseguem perceber o sentido de tudo: estão cheios de dúvidas e perguntam insistentemente, como se nada do que Jesus tenha feito tivesse algum sentido.
Mas como sempre, Jesus consegue aproveitar desses momentos para levar os discípulos a um maior amadurecimento na fé. Diante das dúvidas e perturbações, serão conduzidos a uma confiança incondicional ao Pai e ao Filho; só deste modo serão capazes de produzir frutos verdadeiros que permaneçam para sempre. Enquanto só conseguem ver inquietação, Jesus vê ocasião para um maior amadurecimento na fé e na produção de obras maiores. Precisamos sempre redescobrir a grandeza de um novo olhar! Somente a partir dele seremos capazes de transformar o mundo, como “testemunhas da ressurreição”.
E quem nos concede a graça desse olhar transformador é o Espírito Santo; foi por ele que os apóstolos se deixaram conduzir diante da queixa suscitada entre os de origem hebraica e os de origem grega. Mesmo crescendo a comunidade, ela não está imune aos desafios naturais de seu crescimento. Quando enfrentamos os acontecimentos, principalmente os adversos, com olhar de quem se deixa guiar pelo Espírito de Deus, os desafios transformam-se em oportunidade de crescimento. Dirão os apóstolos os apóstolos diante da queixa de que as viúvas gregas estavam sendo deixadas de lado: “Não está certo que nós deixemos a pregação da palavra de Deus para servir às mesas.” (Atos 6,2) A Palavra é tão importante quanto o serviço; costumeiramente costumamos separar as duas coisas, ou até mesmo contrapô-las. Palavra sem serviço é ineficaz, serviço sem a palavra perde o sentido!
Frente o primeiro impasse da comunidade que crescia grandemente, os apóstolos, guiados pelo Espírito de Deus, souberam discerni-lo com olhos divinos. Poderiam ter desanimados e fraquejado, mas não, fizeram surgir ministérios que enriqueceram a vida da comunidade. Como temos nos comportado, diante dos desafios encontrados no seio da comunidade? Os enfrentamos com um olhar transcendente, ou de um modo puramente humano. Precisamos nunca esquecer que a obra é de Deus e não um trabalho puramente social e humano. A ação do Espírito tem uma força eficaz que vai além de nossas forças; em meio a estes desafios, o autor sagrado realça: “Entretanto, a palavra do Senhor se espalhava”. (Atos 6,7)
Os que esperam e confiam no amor de Deus, costumam ter um olhar diferenciado e que faz a diferença, como hoje nos diz o salmista (Cf. Salmo 32).  Enquanto todos veem as coisas e acontecimentos de um modo superficial, ele consegue ver em tudo, em todos os acontecimentos, a ação de Deus, “Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça”. A nossa esperança está somente no Senhor e é por meio dela que conseguimos compreender a vida como um sacramento de Deus.
Sejamos, portanto queridos irmãos e irmãs, a partir de uma confiança incondicional a Deus, pedras vivas, que sirvam de suporte aos enfraquecidos e desanimados. “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e magnífica; quem nela confiar não será confundida”. (I Pedro 2,6). Confiantes e fortalecidos na “pedra viva”, sejamos “pedras vivas”! Não tem sentido a vida de um cristão, quando este em vez de pedra de edificação, torna-se pedra de tropeço e rocha que faz cair. Um abençoado domingo a todos!
O Senhor esteja com todos vocês! Amém!
Padre Everaldo Araújo - 
Pároco da Paróquia Santa Terezinha

quinta-feira, 8 de maio de 2014

4ª Acão Social da Paróquia Santa Terezinha


LUMEN: O alvorecer do Outro

“Sabendo da força da arte sacra maranhense e humildemente contando com o auxílio do Espírito Santo, o verdadeiro e único iconógrafo, eu, consagrado da Comunidade Católica Shalom e portador do dom artístico dado por Deus, apresento nesta exposição minhas experiências oracionais na busca do Outro e desejoso de comunicá-Lo”, explica Adonias, que já teve suas criações conhecidas em diversas exposições individuais e coletivas no Estado.
De acordo com Adonias, uma das modalidades da arte sacra mais cara à Igreja e misticamente apaixonante é, sem dúvida, a iconografia, “chegada até nós inicialmente nos séculos III e IV, onde era centrada no Cristo de forma visível ou simbólica, prosseguindo pelo Concílio de Éfeso, onde desabrochou a iconografia Mariana e dos Santos, continuando seu curso histórico e itinerário espiritual e chegando aos nossos dias”.
A palavra ícone vem do grego eikón que significa imagem. São representações de Jesus Cristo, cenas de Sua vida, da Virgem e dos Santos venerados pela Igreja. Ele pode ser realizado de várias maneiras: escrito sobre madeira; como afresco sobre paredes; mosaicos; ilustrações de pergaminhos ou livros, ou ainda escrito em tecidos, chamados panô.
“Entretanto, qualquer que seja a técnica em que o ícone é realizado, não podemos nos referir a ele como sendo simplesmente uma obra de arte, pois seu objetivo ímpar é transportar-nos para uma experiência espiritual. Este, depois de abençoado é um sacramental, isto é, um sinal da graça, eficaz em virtude dos poderes e da oração da Igreja. É testemunha de respeito e veneração, não adoração, que é devida unicamente a Deus. Aquilo que o Evangelho comunica com palavras, o ícone anuncia com cores e no-lo torna presente”, enfatiza Adonias JúnNior.
Oração e expressão acontecem na construção do trabalho artístico do artista Adonias JúnNior, “gerando uma constelação de encontros com o Outro, os outros e eu mantendo possíveis relações do homem com o Antigo e sempre Novo, tão procurado fora e sempre dentro achado. Com esses frutos de técnicas balzaquianamente novas e aroma de eternidade, vos deixo ‘Lumen: O alvorecer do Outro’”.
Além dos trabalhos de Adonias JúnNior, a abertura da exposição contará com numero de balet, uma performance baseada em poesia de autoria do artista além de música ao vivo. A entrada é gratuita.
Exposição Individual “LUMEN: O alvorecer do Outro”, do artista plástico Adonias JúnNior
Abertura: 08/05, às 19h
Atrações: número de balet; performance baseada em poesia de autoria de Adonias JúnNior; voz e violão
Período da exposição: 09/05 a 07/06/2014; segunda a sábado, das 9h às 18h30
Local: Galeria do Trapiche, em frente ao Terminal de Integração da Praia Grande


segunda-feira, 5 de maio de 2014

AGENDA PAROQUIAL - 05 a 11/05

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
05 a 11/05/2014

Dia 5: 19h Reunião de Preparação da Ação Social, na casa de Auridéia Balluz no Sítio Leal.
Dias 6,7 e 8: 19h30 Preparação de Pais e Padrinhos na Matriz.
Dia 10: 14h30 Capacitação da Pastoral da Criança. Ponto de encontro na Matriz.
Dia 10: 15h Confissões da Primeira Eucaristia no Outeiro da Cruz.
Dia 10: 17h30 Primeira Eucaristia na Matriz.
Dia 11: DOMINGO DO BOM PASTOR E DIA DAS MÃES.

NÃO ESQUEÇAMOS NOSSA AÇÃO SOCIAL: DIA 18 DE MAIO, DAS 8h ÀS 14h, NO CONVENTO DAS IRMÃS DE SÃO JOSÉ.

Fraternalmente,

Padre Everaldo Santos Araújo.

domingo, 4 de maio de 2014

REFLEXÃO DOMINICAL - 3º DOMINGO DE PÁSCOA

 3º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO A - 04/05/2014

Neste tempo pascal, e durante toda a nossa vida, somos chamados a viver tudo na vida à luz do grande mistério da fé - a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Sempre quando somos atormentados por grandes sofrimentos em nossa caminhada existencial, nos sentimos sempre tentados a separar estas realidades: de um lado a vida e de outro, a realidade. Fazemos, portanto, algo bem parecido com o que fizeram os dois discípulos de Emaús. Andavam tão desanimados, tão cegos, que só conseguiam ver as palavras e ações de Jesus, como algo relegado ao passado. Foi um grande profeta, mas a morte o calou! Eles esperavam, mas já faz três dias e quando chega ao terceiro dia, não há mais o que se possa esperar.
Jesus se põe a caminho com eles e, com todos nós, para curar esta cegueira sempre permanente, que nos impede de reconhecer sua presença pelo caminho. Neste domingo, à luz do mistério pascal, celebraremos a graça de um novo olhar frente as mais variadas situações da vida. Um olhar já diferenciado nas palavras de Pedro, no dia de pentecostes, em Jerusalém. O mesmo reconhece em Jesus alguém aprovado por Deus, em milagres, prodígios e sinais, mas não somente como feitos do passado, mas a partir de um projeto de Deus determinado de acordo com a sua vontade. Assim vai dizer: “Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz.” (Atos 2,23). O passado, deste modo, não é visto como um fracasso, mas como realização dos desígnios de Deus, para manifestar que a morte não tem poder para dominar a vida.
A cegueira dos discípulos os impedia de reconhecer a presença de Jesus na caminhada, como também nos impede de reconhecer os sinais que hoje, nos falam de sua presença. Tantos foram os anunciadores da ressurreição, dentre eles as mais destacadas, as mulheres, que foram aos discípulos comunicar o que tinham visto; e eles simplesmente não acreditaram; a dor ainda falava mais forte. Anunciadores e anjos, não foram capazes de leva-los à crença. A vida transformada em Cristo que abraçamos e vivemos como graça é um sinal da ação de Deus na caminhada de muitos. Quando somos capazes de abandonar uma vida fútil e reconhecer o resgate que Deus fez de nós, pelo sangue de seu filho, nos tornamos também testemunhas da ressurreição.
Alimentar em nós este olhar é uma das graças que esperamos colher deste tempo pascal. Pois ele nasce da certeza de que fora de Deus não poderemos alcançar a verdadeira felicidade; até mesmo quando estamos vivendo tempos de tribulação, até porque nada escapa ao seu olhar. É a fé que nos faz cantar como o salmista quando diz: “Pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.” (Salmo 15/16). E os grandes anunciadores que o mundo de hoje precisa, são daqueles que trazem no coração a verdadeira felicidade que emana de Deus; pessoas que comunicam ao mundo o sentido da verdadeira festa, pois descobriram em Deus uma felicidade que nada pode destruir.
Pode ser que muitos de nós estejamos desanimados e caminhando por caminhos que desvirtuem os traçados por Jesus; não mais a caminho de Jerusalém, mas indo para outro lado, Emaus. O peso da cruz nos faz agir assim! Nem mesmo a força de suas palavras ou sinais, é capaz de nos fazer enxerga-lo em nosso lado, durante a caminhada. Mas quando ao redor da mesa, Ele nos faz compreender o verdadeiro sentido das Escrituras e recobrar em nós a força e a coragem de voltar à Jerusalém, descobrimos que não estamos sozinhos. O Senhor caminha ao nosso lado! Em Jerusalém os nossos irmãos estão reunidos e foi para lá que durante todo o evangelho Jesus caminhou. Traçou um verdadeiro roteiro da entrega por amor. Não deixemos que a dor e o desânimo desvirtuem o caminho traçado a nós por nosso Senhor. A cada Eucaristia, Jesus nos ajuda a retomar este caminho.
Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo
Pároco da Paróquia Santa Terezinha