quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Íntegra das palavras de Bento XVI aos cardeais - Despedida


Nesta quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013, às 10h48, antes de deixar o pontificado, Bento XVI despediu-se dos cardeais.
Palavras do Santo Padre
Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano
Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Venerados e queridos Irmãos!
Com grande alegria vos acolho e dirijo a cada um de vós a minha cordial saudação. Agradeço ao Cardeal Angelo Sodano que, como sempre, soube fazer-se intérprete dos sentimentos de todo o Colégio: Cor ad cor loquitur. Obrigado, Eminência, de coração. E gostaria de dizer – retomando a experiência dos discípulos de Emaús – que também para mim foi uma grande alegria caminhar convosco nestes anos, na luz da presença do Senhor ressuscitado.
Como disse ontem diante de milhares de fiéis que lotaram a Praça São Pedro, a vossa proximidade e o vosso conselho foram de grande ajuda no meu ministério.  Nestes oito anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiante no caminho da Igreja, junto a momentos nos quais algumas nuvens pairavam no céu. Procuramos servir Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total, que é a alma do nosso ministério. Demos esperança, aquela que vem de Cristo, que somente pode iluminar o caminho. Juntos podemos agradecer ao Senhor que nos fez crescer na comunhão, e juntos rezar para que vos ajude a crescer ainda nesta profundidade, de forma que o Colégio de Cardeais seja como uma orquestra, onde a diversidade – expressão da Igreja universal – contribua sempre para uma maior concórdia e harmonia.
Gostaria de deixar-vos um pensamento simples, que tenho muito no coração: um pensamento sobre a Igreja, sobre o seu ministério, que constitui para todos nós, podemos dizer, a razão e a paixão da vida. Deixo-me ajudar por uma expressão de Romano Guardini, escrita propriamente no ano em que os Padres do Concílio Vaticano II aprovavam a Constituição Lumen Gentium, no seu último livro, com uma dedicação pessoal também para mim; por isso as palavras deste livro são pra mim particularmente queridas. Diz Guardini: a Igreja “não é uma instituição concebida e construída em cima de uma mesa…, mas uma realidade viva… Ela vive ao longo do curso do tempo, em andamento, como cada ser vivo, transformando-se… Contudo na sua natureza permanece sempre a mesma, e o seu coração é Cristo”. Foi a nossa experiência, ontem, parece-me, na Praça São Pedro: ver a Igreja que é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo e vive realmente da força de Deus. Ela está no mundo, mas não é do mundo: é de Deus, de Cristo, do Espírito. Vimos isso ontem. Por isto é verdadeira e eloquente outra famosa expressão de Guardini: “A Igreja se desperta nas almas”. A Igreja vive, cresce e se desperta nas almas, que – como a Virgem Maria – acolhem a Palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo; oferecem a Deus a própria carne e, propriamente na sua pobreza e humildade, tornam-se capazes de dar à luz a Cristo hoje no mundo. Através da Igreja, o Mistério da Encarnação permanece presente para sempre. Cristo continua a caminhar nos tempos e em todos os lugares”.
Permaneçamos unidos, queridos Irmãos, neste Mistério: na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana, e assim sirvamos à Igreja e toda a humanidade. Esta é a nossa alegria, que ninguém pode nos tirar.
Antes de saudar-vos pessoalmente, desejo dizer-vos que continuarei a ser próximo na oração, especialmente nos próximos dias, a fim de que estejam plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre aquilo que é desejado por Ele. E entre vós, entre o Colégio cardinalício, há também o futuro Papa ao qual já hoje prometo a minha incondicional reverência e obediência. Por isto, com afeto e reconhecimento, concedo-vos de coração a Benção Apostólica.
Papa Bento XVI

Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

INÍCIO DA CATEQUESE


VIA SACRA NAS RUAS DESTA SEXTA-FEIRA, 01/03 - FILIPINHO

A Via Sacra nas Ruas na Comunidade Matriz Santa Terezinha, Filipinho, desta sexta-feira, 01/03, será nas Ruas 11, 12 e 13, às 19h30. Iniciará na casa do sr. Coqueiro (final da Rua 13). Contamos com a sua participação.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Na íntegra, última Catequese do Pontificado de Bento XVI

Cerca de 150 mil fiéis se reuniram na Praça São Pedro para ouvirem última Catequese de Bento XVI. 
Praça São Pedro
Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio!
Ilustres Autoridades!
Queridos irmãos e irmãs!

Agradeço-vos por terem vindo em tão grande número para esta minha última Audiência geral.
Obrigado de coração! Estou realmente tocado! E vejo a Igreja viva! E penso que devemos também dizer um obrigado ao Criador pelo tempo belo que nos doa agora ainda no inverno.
Como o apóstolo Paulo no texto bíblico que ouvimos, também eu sinto no meu coração o dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a sua Palavra e assim alimenta a fé no seu Povo. Neste momento a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja espalhada no mundo; e dou graças a Deus pelas “notícias” que nestes anos do ministério petrino pude receber sobre a fé no Senhor Jesus Cristo, e da caridade que circula realmente no Corpo da Igreja e o faz viver no amor, e da esperança que nos abre e nos orienta para a vida em plenitude, rumo à pátria do Céu.
Sinto levar todos na oração, um presente que é aquele de Deus, onde acolho em cada encontro, cada viagem, cada visita pastoral. Tudo e todos acolho na oração para confiá-los ao Senhor: para que tenhamos plena consciência da sua vontade, com toda sabedoria e inteligência espiritual, e para que possamos agir de maneira digna a Ele, ao seu amor, levando frutos em cada boa obra (cfr Col 1,9-10).
Neste momento, há em mim uma grande confiança, porque sei, todos nós sabemos, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida. O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escuta e acolhe a graça de Deus na verdade e vive na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria.
Quando, em 19 de abril há quase oito anos, aceitei assumir o ministério petrino, tive a firme certeza que sempre me acompanhou: esta certeza da vida da Igreja, da Palavra de Deus. Naquele momento, como já expressei muitas vezes, as palavras que ressoaram no meu coração foram: Senhor, porque me pedes isto e o que me pede? É um peso grande este que me coloca sobre as costas, mas se Tu lo me pedes, sobre tua palavra lançarei as redes, seguro de que Tu me guiarás, mesmo com todas as minhas fraquezas. E oito anos depois posso dizer que o Senhor me guiou, esteve próximo a mim, pude perceber cotidianamente a sua presença. Foi uma parte do caminho da Igreja que teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no mar da Galileia: o Senhor nos doou tantos dias de sol e de leve brisa, dias no qual a pesca foi abundante; houve momentos também nos quais as águas eram agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir. Mas sempre soube que naquela barca está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também através dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma certeza, que nada pode ofuscá-la.  E é por isto que hoje o meu coração está cheio de agradecimento a Deus porque não fez nunca faltar a toda a Igreja e também a mim o seu consolo, a sua luz, o seu amor.
Estamos no Ano da Fé, que desejei para reforçar propriamente a nossa fé em Deus em um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano. Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que aqueles braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar a cada dia, mesmo no cansaço. Gostaria que cada um se sentisse amado por aquele Deus que doou o seu Filho por nós e que nos mostrou o seu amor sem limites. Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão. Em uma bela oração para recitar-se cotidianamente de manhã se diz: “Adoro-te, meu Deus, e te amo com todo o coração. Agradeço-te por ter me criado, feito cristão…”. Sim, somos contentes pelo dom da fé; é o bem mais precioso, que ninguém pode nos tirar! Agradeçamos ao Senhor por isto todos os dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus nos ama, mas espera que nós também o amemos!
Mas não é somente a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na guia da barca de Pedro, mesmo que seja a sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho no levar a alegria e o peso do ministério petrino; o Senhor colocou tantas pessoas que, com generosidade e amor a Deus e à Igreja, ajudaram-me e foram próximas a mim. Antes de tudo vós, queridos Cardeais: a vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade foram preciosos para mim; os meus Colaboradores, a começar pelo meu Secretário de Estado que me acompanhou com fidelidade nestes anos; a Secretaria de Estado e toda a Cúria Romana, como também todos aqueles que, nos vários setores, prestaram o seu serviço à Santa Sé: são muitas faces que não aparecem, permanecem na sombra, mas propriamente no silêncio, na dedicação cotidiana, com espírito de fé e humildade foram para mim um apoio seguro e confiável. Um pensamento especial à Igreja de Roma, a minha Diocese! Não posso esquecer os Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, as pessoas consagradas e todo o Povo de Deus: nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre percebi grande atenção e profundo afeto; mas também eu quis bem a todos e a cada um, sem distinções, com aquela caridade pastoral que é o coração de cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do Apóstolo Pedro. Em cada dia levei cada um de vós na oração, com o coração de pai.
Gostaria que a minha saudação e o meu agradecimento alcançasse todos: o coração de um Papa se expande ao mundo inteiro. E gostaria de expressar a minha gratidão ao Corpo diplomático junto à Santa Sé, que torna presente a grande família das Nações. Aqui penso também em todos aqueles que trabalham para uma boa comunicação, a quem agradeço pelo seu importante serviço.
Neste ponto gostaria de agradecer verdadeiramente de coração todas as numerosas pessoas em todo o mundo, que nas últimas semanas me enviaram sinais comoventes de atenção, de amizade e de oração. Sim, o Papa não está nunca sozinho, agora experimento isso mais uma vez de um modo tão grande que toca o coração. O Papa pertence a todos e tantas pessoas se sentem muito próximas a ele. É verdade que recebo cartas dos grandes do mundo – dos Chefes de Estado, dos Líderes religiosos, de representantes do mundo da cultura, etc. Mas recebo muitas cartas de pessoas simples que me escrevem simplesmente do seu coração e me fazem sentir o seu afeto, que nasce do estar junto com Cristo Jesus, na Igreja. Estas pessoas não me escrevem como se escreve, por exemplo, a um príncipe ou a um grande que não se conhece. Escrevem-me como irmãos e irmãs ou como filhos e filhas, com o sentido de uma ligação familiar muito afetuosa. Aqui pode se tocar com a mão o que é a Igreja – não uma organização, uma associação para fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que une todos nós. Experimentar a Igreja deste modo e poder quase tocar com as mãos a força da sua verdade e do seu amor é motivo de alegria, em um tempo no qual tantos falam do seu declínio. Mas vejamos como a Igreja é viva hoje!
Nestes últimos meses, senti que as minhas forças estavam diminuindo e pedi a Deus com insistência, na oração, para iluminar-me com a sua luz para fazer-me tomar a decisão mais justa não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo na plena consciência da sua gravidade e também inovação, mas com profunda serenidade na alma. Amar a Igreja significa também ter coragem de fazer escolhas difíceis, sofrer, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio.
Aqui, permitam-me voltar mais uma vez a 19 de abril de 2005. A gravidade da decisão foi propriamente no fato de que daquele momento em diante eu estava empenhado sempre e para sempre no Senhor. Sempre – quem assume o ministério petrino já não tem mais privacidade alguma. Pertence sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja. Sua vida vem, por assim dizer, totalmente privada da dimensão privada. Pude experimentar, e o experimento precisamente agora, que se recebe a própria vida quando a doa. Antes disse que muitas pessoas que amam o Senhor amam também o Sucessor de São Pedro e estão afeiçoadas a ele; que o Papa tem verdadeiramente irmãos e irmãs, filhos e filhas em todo o mundo, e que se sente seguro no abraço da vossa comunhão; porque não pertence mais a si mesmo, pertence a todos e todos pertencem a ele.
O “sempre” é também um “para sempre” – não há mais um retornar ao privado. A minha decisão de renunciar ao exercício ativo do ministério não revoga isto. Não retorno à vida privada, a uma vida de viagens, encontros, recepções, conferências, etc. Não abandono a cruz, mas estou de modo novo junto ao Senhor Crucificado. Não carrego mais o poder do ofício para o governo da Igreja, mas no serviço da oração estou, por assim dizer, no recinto de São Pedro. São Benedito, cujo nome levo como Papa, será pra mim de grande exemplo nisto. Ele nos mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou passiva, pertence totalmente à obra de Deus.
Agradeço a todos e a cada um também pelo respeito e pela compreensão com o qual me acolheram nesta decisão tão importante. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja com a oração e a reflexão, com aquela dedicação ao Senhor e à sua Esposa que busquei viver até agora a cada dia e que quero viver sempre. Peço-vos para lembrarem-se de mim diante de Deus e, sobretudo, para rezar pelo Cardeais, chamados a uma tarefa tão importante, e pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro: o Senhor o acompanhe com a sua luz e a força do seu Espírito.
Invoquemos a materna intercessão da Virgem Maria Mãe de Deus e da Igreja para que acompanhe cada um de nós e toda a comunidade eclesial; a ela nos confiemos, com profunda confiança.
Queridos amigos! Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis. Não percamos nunca esta visão de fé, que é a única verdadeira visão do caminho da Igreja e do mundo. No nosso coração, no coração de cada um de vós, haja sempre a alegre certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está próximo a nós e nos acolhe com o seu amor. Obrigado!
Papa Bento XVI

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PROPOSTA PARA UMA VIDA DE ORAÇÃO

A mensagem dada pela Virgem Santíssima, certo dia em Medjiugorie, aplica-se a este ano que nos espera: “filhos queridos, vos convido a conversão individual. Este tempo é para vocês, porque o meu Filho dileto, sem a vossa cooperação, não pode realizar o que deseja. Filhos queridos, orem a fim de que possam crescer espiritualmente e ficarem mais próximos de Deus”.
Um rumo para a caminhada espiritual que vai ao encontro do Pai. Este é o pedido dela. No entanto, já sabendo das tribulações que cada filho seu iria passar, a Mãe completa: “entrego para vocês as 5 pedrinhas que representam as armas contra o vosso gigante Golias com as quais poderão vencer qualquer batalha”. Mas o que significa cada pedrinha?
A primeira pedra é a Eucaristia. A presença real de Jesus, o sacramento da salvação, a experiência de comunhão que, se possível, deve ser diária. Gradativamente, estando com o coração aberto, Deus vai agindo com maior facilidade onde deve agir.
A segunda pedra é a confissão, que deve ser feita com real arrependimento. É o sacramento da reconciliação, quando a paz é restituída e a cura interior é promovida. É capaz de enfraquecer vícios e trazer maior vigor para os próximos passos.
A terceira pedra é a Bíblia. Palavra de vida (compreenda a força da palavra “vida”!), o alimento espiritual. Ali se encontram as “placas” para o caminho da santidade. Quantos problemas desnecessários seriam evitados e soluções seriam encontradas se fossem compreendidas as palavras do Senhor?
“Entrego para vocês as 5 pedrinhas que representam as armas contra o vosso gigante Golias com as quais poderão vencer qualquer batalha”
A quarta pedra é o Santo Rosário. Percorrer a vida de Jesus por meio dos mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos. Aqui, a persistência e a disciplina são os segredos. Nos primeiros dias, reze uma Ave-Maria. Depois, uma dezena. Tão logo, o feito de rezar o terço será alcançado. Esperançosamente, o Rosário será uma oração habitual. Particularmente, chamo-a de pedra da alegria. Nem preciso responder o porquê.
A quinta pedra, por fim, é o jejum. É uma penitência que nos fortifica e purifica, podendo ser feita de diversas formas. O importante é verificar qual a melhor forma de fazê-lo dada as circunstâncias de vida de cada um. Há de se lembrar que podem ser usadas e acrescentadas outras pedrinhas como a adoração ao Santíssimo Sacramento, o terço da misericórdia, entre outras.
Diante do exposto, ficam as perguntas: você realiza alguma dessas práticas? Seu empenho era satisfatório e condizente com a sua disponibilidade? Em qual(is) delas você precisa se empenhar mais?
O importante é seguir em frente na caminhada espiritual, dar uma nova direção a ela junto com o novo ano que se apresenta!
Nossa Senhora, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova - Texto de Thiago Thomaz Puccini (Jovens Sarados )

Papa publica documento que permite antecipar o Conclave

O boletim da Santa Sé publicou, nesta segunda-feira, 25, a carta apostólica em forma de Motu Proprio (de iniciativa própria) do Papa Bento XVI com algumas modificações relativas à eleição do Papa. Entre as alterações, está a possibilidade, facultada aos cardeais, de antecipar o Conclave.
No Motu Proprio, ficou estabelecido que “do momento no qual a Sé Apostólica esteja legitimamente vacante, deve-se esperar por 15 dias completos os ausentes antes de iniciar o Conclave”.  O Papa deixa ao Colégio de Cardeais a possibilidade de antecipar o início do Conclave se constar a presença de todos os cardeais eleitores, bem como de prolongar, se houver motivos graves, o início da eleição por alguns dias. Passados, porém, ao máximo 20 dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais eleitores presentes devem proceder com a eleição.
Também foram especificadas as normas para o sigilo do Conclave: “Todo o território da Cidade do Vaticano e também a atividade ordinária dos escritórios estabelecidos no seu escopo deve ser ajustada para esse período, de modo a assegurar a confidencialidade e o livre desenvolvimento de todas as operações relacionadas com a eleição do Sumo Pontífice”.
Em relação ao sigilo, também ficou estabelecido que deve ser providenciado, com a ajuda dos prelados clérigos da Câmara, que os cardeais eleitores não sejam abordados por ninguém durante o percurso da Casa Santa Marta, local onde ficam hospedados os cardeais, até o Palácio Apostólico Vaticano.
Caso o sigilo absoluto de questões relacionadas ao Conclave seja violado, isso implicará excomunhão.
Quanto à eleição do novo Pontífice, o Papa estabelece que sua validade estará sujeita à obtenção de, ao menos, dois terços dos votos, computados com base nos eleitores presentes e votantes. Foram abolidas as eleições por aclamação e por compromisso. A única forma reconhecida de eleição do Romano Pontífice é a de voto secreto.
Caso a eleição não tenha êxito, é estabelecido que seja dedicado um dia à oração, à reflexão e ao diálogo. Na eleição sucessiva, terão voz passiva somente dois nomes que, na votação anterior, obtiveram o maior número de votos. Também para esta votação será necessário obter, ao menos, dois terços de votos dos cardeais presentes e votantes. Nestas votações, os dois nomes já não têm mais voz ativa.


"Realizada canonicamente a eleição, o último dos Cardeais diáconos chama na sala da eleição o secretário do Colégio Cardinalício, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e dois Mestres de Cerimônias; então o Cardeal Decano, ou o primeiro dos cardeais por ordem e idade, em nome de todo o Colégio dos eleitores pede o consenso do eleito com as seguintes palavras: Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice? E apenas recebido o consenso ele pergunta: Como gostaria de ser chamado? Então o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, atuando como tabelião e as tendo como testemunhas dois Mestres de Cerimônias, redige um documento sobre a aceitação do novo Papa e o nome tomado por ele".

Fonte: Rádio vaticano

domingo, 24 de fevereiro de 2013

CONFIRA AS PALAVRAS DO PAPA ANTES DO ANGELUS DESTE DOMINGO


Íntegra: Palavras de Bento XVI antes do Angelus


Angelus
Praça São Pedro
Domingo, 24 de fevereiro de 2013

Queridos irmãos e irmãs,
Obrigado pelo vosso afeto!
Hoje, segundo domingo da Quaresma, temos um Evangelho particularmente belo, aquele da Transfiguração do Senhor. O Evangelista Lucas coloca especial atenção para o fato de que Jesus se transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive em um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João, os três discípulos sempre presentes nos momentos da manifestação divina do Mestre (Lc 5,10; 8,51; 9,28). O Senhor, que pouco antes tinha predito a sua morte e ressurreição (9, 22) oferece aos discípulos uma antecipação da sua glória. E também na Transfiguração, como no batismo, ressoa a voz do Pai celeste: “Este é o meu filho, o eleito; escutai-o!” (9, 35). A presença então de Moisés e Elias, que representam a Lei e os Profetas da antiga Aliança, é ainda mais significativa: toda a história da Aliança é orientada para Ele, o Cristo, que cumpre um novo “êxodo” (9, 31), não para a terra prometida como no tempo de Moisés, mas para o Céu. A intervenção de Pedro: “Mestre, é bom estarmos aqui” (9, 33) representa a tentativa impossível de parar esta experiência mística. Comenta Santo Agostinho: “[Pedro] … sobre o monte … tinha Cristo como alimento da alma. Por que ele iria descer para voltar aos trabalhos e dores, enquanto lá estava cheio de sentimentos de amor santo para Deus e que o inspiravam, portanto, a uma conduta santa? (Discurso 78,3: PL 38,491).
Meditando sobre esta passagem do Evangelho, podemos aprender um ensinamento muito importante. Antes de tudo, o primado da oração, sem a qual todo o empenho do apostolado e da caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma aprendemos a dar o tempo certo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e das suas contradições, como no Tabor queria fazer Pedro, mas a oração reconduz ao caminho, à ação. “A existência cristã – escrevi na Mensagem para esta Quaresma – consiste em um contínuo subir ao monte do encontro com Deus, e depois voltar a descer trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus” (n. 3).
Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. Obrigado! O Senhor me chama a ‘subir o monte’, a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isto é para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual tenho buscado fazê-lo até agora, mas de modo mais adequado à minha idade e às minhas forças. Invoquemos a intercessão da Virgem Maria: ela nos ajude a todos a seguir sempre o Senhor Jesus, na oração e nas obras de caridade.
Papa Bento XVI

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Papa estuda possibilidade de "Motu Proprio" para esclarecer pontos do Conclave, afirma Pe. Lombardi



Durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 20 de fevereiro, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, afirmou que "o Papa está considerando a possibilidade da publicação de um Motu Proprio, nos próximos dias, obviamente antes do início da Sé Vacante, para precisar alguns pontos particulares da Constituição apostólica sobre o Conclave, pontos estes que ao longo dos últimos anos foram apresentados".
O religioso não soube dizer se o Pontífice vai considerar necessário ou oportuno fazer este esclarecimento sobre a questão do tempo de início do Conclave. “Se e quando o documento será publicado o veremos. O que me resulta é o estudo, por exemplo, de alguns pontos de detalhe para a plena harmonização com outro documento que diz respeito ao conclave, ou seja, o Ordo Rituum Conclavis", prosseguiu Pe. Lombardi.
De acordo com o porta-voz, a decisão depende apenas da avaliação de Bento XVI, que julgará ou não ser necessária a publicação de um documento como este.

"Motu Proprio": Motu proprio é uma das espécies normativas da Igreja Católica, expedido diretamente pelo próprio Papa. A expressão motu proprio poderia ser traduzida como "de sua iniciativa própria" o que se opõe ao conceito de rescrito que é, em regra, uma norma expedida em resposta a uma dada situação. Significa ainda que trata-se de matéria decidida pessoalmente pelo papa e não por um cardeal ou outro conselheiro. Tem normalmente a forma de decreto. Lembram, pela sua forma, um breve ou bula papal (outra espécie normativa) mas sem se revestir da solenidade própria destes documentos.

FONTE: CNBB/RÁDIO VATICANO

BÊNÇÃO MARCA INÍCIO DAS OBRAS EM GUARATIBA – JMJ RIO 2013


 “Em cinco meses esse campo, que no momento está vazio, estará repleto de jovens cheios de ideais de vida, de justiça, de valores. E que depois voltarão para seus países com o coração cheio da graça de Deus e que eles possam ser arautos de uma nova vida, de um novo tempo”, afirmou o arcebispo do Rio e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013, Dom Orani João Tempesta, durante a bênção do Campus Fidei, em Guaratiba, na tarde de hoje, 19 de fevereiro.
O nome dado pelo arcebispo ao terreno em Guaratiba, significa Campo da Fé. Neste local acontecerão a vigília e a missa de envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), nos dias 27 e 28 de julho, com a presença do novo Papa.
Dom Paulo Cezar Costa, diretor Administrativo da JMJ Rio2013, falou aos presentes da emoção de estar na bênção do terreno: “A imagem que me veio ao coração quando cheguei aqui hoje e vi o início das obras foi a imagem de Moisés ao ver a terra prometida. Deus nos reservou este local para que fosse a vigília e a missa de envio.”.
A bênção foi no local exato onde será construído o palco que ficará o Papa. Deste ponto o Pontífice terá a visão de todo o terreno.
Jomar Júnior, Diretor de Produção da JMJ, explicou como o Campus Fidei funcionará: “O Campus terá três acessos, a partir da área do palco serão construídos os lotes para 30 e 50 mil pessoas em cada um. Nos lotes haverá banheiros, bebedouros, postos médicos, telão, som, alimentação, tendas de adoração, tenda de venda de produtos. Também haverá duas ilhas dependendo do tamanho do lote, para evitar que as pessoas tenham que se deslocar muito para chegar aos serviços.”. Cerca de 800 pessoas estarão envolvidas nas obras. Serão 59 ilhas de serviço distribuídas por 37 lotes. Os peregrinos que se inscreveram receberão os kits de alimentação nos acessos ao Campus Fidei.
A Secretaria Municipal de Transporte, ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e todas as concessionárias de transportes estão traçando o planejamento de mobilidade até o local do evento. Os dois terrenos juntos correspondem a mais que o dobro da área de “Quatro Ventos”, em Madri, onde foi a última Jornada. A caminhada de peregrinação será entre seis e 13 quilômetros até o Campus Fidei.
As obras terminarão até o final de junho, para logo em seguida entrar na fase de testes de som e luz. O Papa chegará de helicóptero e se locomoverá de Papa Móvel entre o público no dia da missa de envio.
A BÊNÇÃO
A celebração da bênção começou e terminou com o Hino da Jornada Mundial da Juventude. Entre os presentes estavam diretores, colaboradores e voluntários do COL, o Conselho da JMJ, padres e paroquianos da região, representantes federais, estaduais e municipais.
Dom Orani citou como “providência divina” o fato do Campus Fidei ser na região onde fica a Paróquia São Pedro. “É uma emoção muito grande ver os trabalhos iniciados. Agradecemos muito aos proprietários destes terrenos”, disse. Essa será a segunda Jornada com dois papas. A primeira aconteceu na Alemanha. Esta também será a segunda JMJ no hemisfério sul, a primeira foi na Argentina. E será a primeira em português. “Os jovens são os sentinelas do amanhã. Que eles nunca percam esse entusiasmo de amar o irmão”, conclui o arcebispo do Rio.
Segundo Dom Orani, os jovens não são somente destinatários, mas também protagonistas de tudo o que está acontecendo. Às 16h a bênção foi dada à terra e à cruz feita de madeira do próprio terreno. A cruz foi colocada como lembrança dos ícones da Jornada, a Cruz e a imagem de Nossa Senhora, que estão percorrendo o país. Os jovens presentes fincaram a cruz na terra.
Confira as impressões de alguns dos presentes no evento

“E a juventude fará uma ótima experiência em Cristo e vão voltar entusiasmados para contagiar o mundo inteiro. Deixarão de ser missionários para serem anunciadores de Jesus Cristo.” - Dom Paulo - Diretor Administrativo da JMJ.

“Presenciamos hoje um momento muito importante, porque é a confirmação concreta de que estamos fazendo uma Jornada. Estamos preparando o terreno. Literalmente falando, nós estamos preparando o terreno para que aconteça esse grande encontro da juventude com o Santo Padre. E aconteça numa região que, durante muito tempo foi esquecida. Isso é bom lembrar. Essa preocupação do arcebispo em valorizar essa região toda aqui de Guaratiba, Santa Cruz. Esperamos que essa grande multidão que se aproxima, se beneficie e daqui saia mundo afora, mostrando o que significa ser discípulo de Jesus Cristo.” -Padre Marcos William Bernardo –Vigário Episcopal para Comunicação Social e diretor de Atos Culturais.

 “Quando eu vim pra cá, que a gente entra na terra, me lembrou da fundação de Brasília. Ter a bênção da terra e esse simbolismo lindo vai coincidir com o início de um novo papado. E tudo isso ligado à juventude, que é algo que esses dois últimos papas valorizaram tanto.” - Padre Josafá Siqueira - Reitor da PUC.

Campus Fidei: terra abençada para inicio das obras


"Em cinco meses esse campo, que no momento está vazio, estará repleto de jovens cheios de ideais de vida, de justiça, de valores. E que depois voltarão para seus países com o coração cheio da graça de Deus e que eles possam ser arautos de uma nova vida, de um novo tempo", afirmou o arcebispo do Rio e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013, Dom Orani João Tempesta, durante a bênção do Campus Fidei, em Guaratiba

VIA SACRA NAS RUAS DESTA SEXTA-FEIRA DIA 22

AMANHÃ TEM VIA SACRA NAS RUAS!
PARTICIPE DESTE IMPORTANTE MOMENTO CONSCIENTE E VIVIFICANTE, QUE NOS UNE A JESUS CRISTO NO CAMINHO QUE ELE PERCORREU RUMO AO CALVÁRIO PARA NOS SALVAR!

LOCAL E HORÁRIO QUE ACONTECERÁ A VIA SACRA NAS COMUNIDADES:
  • COMUNIDADE MATRIZ SANTA TEREZINHA: 19h30 - RUA 02 e VILA FILIPINHO, CONCENTRAÇÃO EM FRENTE A CASA DO DIÁCONO CASTRO, PRÓXIMO A LADEIRA.
  • COMUNIDADE NOSSA SRª DA PENHA (SACAVÉM): 19h30 - RUA NOVA, CONCENTRAÇÃO PRÓXIMO A AVENIDA DOS AFRICANOS.
  • COMUNIDADE SANTO ANTÔNIO (BARÉS): 19h30 - CONCENTRAÇÃO NA CASA DA VALDETE.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

“ENTRE O REAL E O IDEAL”


“Temos que saber que não somos aquele ideal de pessoa e que, possivelmente, não seremos nunca, porque o ideal é uma burrice coletiva”
As pessoas são, nas redes sociais, criaturas maravilhosas. A maioria é compreensiva, fiel e quase “perfeita”. Lá, a maioria dos homens respeita as mulheres e a maioria das mulheres gosta de homens inteligentes e que sejam legais e nem tão bonitos assim.
Acredito que o sucesso dessas “redes” acontece a partir da necessidade que as pessoas têm de pertencer a grupos.
Antigamente, existiam três grandes grupos dos quais as pessoas faziam parte: escola, Igreja e clube. Hoje, as pessoas estudam em quatro ou cinco escolas diferentes, raramente frequentam a algum clube e à Igreja, nem pensar. Então, como pertencer a algo já que não existem grupos aos quais pertencer? As redes sociais, com a promessa de felicidade, parecem ser a solução. Nelas, você pode participar de quantos grupos você quiser, desde os amantes da pornografia até os viciados em jogos e ninguém tem nada a ver com isso.
Claro que, nestas horas, só o ego da pessoa aparece. Ninguém coloca no perfil coisas como: “Eu tenho algum tipo de preconceito”, “Não concordo com algumas atitudes”, “Peço a Deus que aumente a minha fé”… Enfim, todo mundo é legal, divertido e todos são pessoas que nós gostaríamos de conhecer. A maioria das fotos é só de viagens e coisas legais que fazemos com os amigos ou aquelas em que o ângulo, a luz e o humor nos favorecem muitíssimo, muito mais do que pessoalmente. É uma verdadeira seleção de “estrelas”. Todos querem parecer lindos, ricos e sexys e é aí que começa o perigo: quando queremos parecer e nem ao menos somos.
As redes sociais são o ideal de cada um e não o real. Nelas, estão estampadas as fotos da pessoa que gostaríamos de ser, das coisas que gostaríamos de ter, das pessoas que gostaríamos de conhecer e da vida que gostaríamos de levar, se não fosse a vida real, ou seja, é a maior fonte de pessoas controladoras do planeta, porque tudo lá é controlável: seu humor, se você é ou não é sexy, se está ou não procurando um relacionamento e de que tipo… lá você pode ser atraente, mesmo muito acima do peso; Pode ser inteligente, mesmo sem ter concluído a segunda série, enfim, pode ser no virtual, o que não pode ser no real.
O problema não está no que podemos ou não ser, e sim, de sermos o que não somos. Nem para todo mundo ser belo é importante, mas, para uma modelo, é muito importante. Ser ótimo em matemática é excelente para um engenheiro, mas completamente inútil para um médico, por exemplo (pelo menos enquanto profissão). Então, por que ainda corremos atrás do que não somos? Por que não aceitamos aquilo que somos e, principalmente, a nossa sombra? Temos que saber que não somos aquele ideal de pessoa e que, possivelmente, não seremos nunca, porque o ideal é uma burrice coletiva.
Todo mundo quer ser “destaque”, todo mundo quer ser esperto, todo mundo quer coisas que não pode. Então, por que criar um perfil público contando um monte de mentiras? Porque acreditamos nelas. Cruel, não?! Passamos a vida acreditando sermos uma pessoa que não somos e, quando somos colocados frente a frente com isso, como dói. Daí vem coisas como depressão, pânico e outras mazelas.
Então, antes que cheguemos a este ponto, devemos re-examinar nosso “site” interior e entender quem nós somos de verdade, colocar aquilo que nós somos para todo mundo ver e aceitar e ser, de verdade. Isso pode ser uma tarefa difícil e que vai nos deparar com coisas que não gostamos, mas, com certeza, no final, estaremos com a verdadeira liberdade e com a essência do que somos de verdade.
FONTE:
“Interessante artigo da jovem, bela e inteligente jornalista Isadora Barbosa.
Tímida, estilo “na dela”, Isadora é romântica no sentido da contemplar a vida, acreditar nas pessoas e nas coisas do deste mundo, como as redes sociais, por exemplo.
No artigo abaixo, a garota revela a sua impressão sobre as relações que são construídas a partir da internet via as redes sociais, sempre, claro, expondo o seu romantismo nato e apurado senso crítico.” - Robert Lobato (Blog)

INFORMATIVO - JMJ RIO 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

VIA SACRA NAS RUAS - PARÓQUIA SANTA TEREZINHA


A Liturgia tradicional da Igreja chama de “tempo de salvação”, o tempo quaresmal. Convida-nos assim à reflexão, sobre o  conteúdo da Quaresma. A Quaresma visa preparar os fiéis a bem celebrar a Páscoa. E como a Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo – a nossa Páscoa – é conseqüência de sua ignominiosa morte, dos sofrimentos e humilhações de sua Paixão, a Quaresma é iluminada pela Cruz de Jesus Cristo. Dizemos “iluminada”, porque Jesus Cristo crucificado é a explicação de toda a História da Humanidade. Ele é, pois, a luz que nos ilumina e faz entender os enigmas que pontilham a trajetória da humanidade.
A Via Sacra
Uma excelente maneira de aproveitar bem o tempo quaresma é o exercício consciente e vivificante da “Via Sacra”.
A Via Sacra é um piedoso e tradicional exercício, que nos une a Jesus Cristo, no doloroso caminho, por Ele percorrido, ao seguir para o Calvário, onde seria imolado por nossos pecados.
Excita em nós a gratidão, diante do amor, inefavelmente generoso e misteriosamente misericordioso, com que Jesus nos remiu.
Mostra, ao vivo, a malícia enorme do pecado. Se para repará-lo teve o Filho bem amado do Pai Eterno que sofrer toda crueldade feroz, com que foi tratado na sua paixão, e todas as profundas humilhações a que o submeteu o ódio e a inveja de seus inimigos, é sinal de que realmente a malícia do pecado é algo tão monstruoso que atinge às raias do mistério.
O inefável amor que Jesus nos demonstra, na sua paixão, desperta em nós o desejo de repararmos, nós também, nossas infidelidades e de cooperarmos com Jesus Cristo na salvação das almas.
Daí o benefício da Via Sacra: predispõe-nos a imitar a Jesus Cristo, na sua humildade e nos seus padecimentos. Faz-nos aceitar e mesmo procurar a mortificação dos sentidos, de nossa gula, de nossas comodidades, e sobretudo de nossa vontade que nos torna mais submissos a Deus e aos nossos superiores por amor de Deus.
Assim, com a “Via Sacra”, meditada e vivida, a Quaresma opera a nossa conversão e nos prepara para as puras alegrias da Santa Páscoa.
Para isso a Paróquia Santa Terezinha está realizando a VIA SACRA NAS RUAS. Todas as Comunidades da Paróquia se organizaram para meditar a Via Sacra pelas ruas dos seus bairros todas as sextas-feiras da Quaresma. É o terceiro ano que acontece a Via Sacra nas Ruas, e é sempre um momento muito forte e bonito, de oração e reflexão. Além da Estações é feito também a reflexão do tema da Campanha da Fraternidade do ano, este ano de 2013, é "Fraternidade e Juventude", "Eis-me aqui, envia-me!"(Is 6,8).

sábado, 16 de fevereiro de 2013

LANÇAMENTO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE


ARQUIDIOCESE DE SÃO LUIS DO MARANHÃO
Campanha da Fraternidade 2013
Tema:Fraternidade e Juventude
Lema: "Eis-me aqui, envia-me!"(Is. 6,8)
A Arquidiocese de São Luís lança neste dia 16, sábado,
no Parque Bom Menino, a Campanha da Fraternidade 2013.

15h00min – Concentração e Animação e Acolhida
Bandas Hallelyeshua e Fermento nas Massas
16h00min–Testemunho dos Jovens
01 Jovem da PJ;
01 Jovem dos movimentos;
01 Jovem do meio social (Quilombo Urbano)
16h20min – Roda de Conversa(Kecio e Ronald - Perguntando) Mesa: Secretários Municipal da Juventude/Conselho Municipal da Juventude e Secretário Estadual da Juventude (O que são? Qual Finalidade? Como funciona?)
16h50min- Palavra do Arcebispo Metropolitano de São Luís, Dom José Belisário da Silva
17h00min – Teatro – Grupo de Jovens da Cohab
17h30min – Santa Missa
Equipes:
Estrutura: Setor Família
Acolhida: Setor Juventude
Ambientação: Setor Catequese
Coleta: Legião de Maria (Cúria) e Equipe de Nossa Senhora
Liturgia: Equipe Arquidiocesana de Liturgia



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Celebração Paroquial da Quarta-feira de Cinzas na Paróquia Santa Terezinha, Filipinho.  “Convertei-vos e credes no Evangelho” 
Muitos paroquianos participaram da celebração, recebendo o sinal da cruz na testa com as Cinzas, como símbolo de sua identificação com Jesus Cristo e é nesta celebração que damos início a Quaresma, tempo de arrependimento e reconciliação com Deus.
Não hesitemos em reencontrar a amizade de Deus perdida com o pecado; encontrando o Senhor experimentamos a alegria do seu perdão. E assim, respondendo às palavras do profeta, façamos nossa a invocação do refrão do Salmo 50: "Perdoai-nos Senhor, porque pecamos". Proclamando, o grande Salmo penitencial, apelamo-nos à misericórdia divina; pedimos ao Senhor que o poder do seu amor nos volte a dar a alegria de sermos salvos.
Amados irmãos e irmãs, temos quarenta dias para aprofundar esta extraordinária experiência de conversão. No Evangelho, Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus.
Estes gestos exteriores, que devem ser realizados para agradar a Deus e não para obter a aprovação e o consenso dos homens, são por Ele aceites se expressam a determinação do coração a servi-l'O, com simplicidade e generosidade.
“A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas recorda-nos 
nossa condição de mortais: "Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris - Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó hás de voltar" ....” Papa Bento XVI
É , também na Quarta-feira de Cinzas, que, no Brasil, damos início a Campanha da Fraternidade. Este ano a CF tem como tema, “Fraternidade e Juventude”, “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Jovens da Paróquia apresentaram o tema e fizeram uma importante reflexão sobre a realidade da juventude hoje na sociedade e na Igreja.


I RETIRO PAROQUIAL DE CARNAVAL


A partir de uma iniciativa da Equipe Vocacional Paroquial (EVP) da Paróquia Santa Terezinha, Filipinho, decidiu-se realizar o 1º Retiro Paroquial de Carnaval para jovens, tendo como tema central “Senhor, eis-me aqui, envia-me”, estabelecendo-se, assim, uma conexão com a Campanha da Fraternidade/2013 e com a Jornada Mundial da Juventude - Rio/2013.
O retiro aconteceu no Convento das Irmãs de São José de São Jacinto, no Filipinho, nos dias 9, 10, 11 e 12 de fevereiro.
A experiência não poderia ter sido melhor, considerando o clima de satisfação presente nos participantes que nem queriam mais deixar a Casa das Irmãs. Aliás, satisfação mesmo está sendo da EVP, que, graças ao valiosíssimo apoio de várias pessoas da Paróquia conseguiu oferecer o melhor que podia aos mais de trinta jovens da nossa e também de outras paróquias, que vivenciaram três dias de intensas atividades, tais como: missas, adoração ao SS, palestras, dinâmicas e a animadíssima noite cultural. Parabéns aos jovens que tiveram não só a oportunidade, mas, sobretudo a coragem de se entregarem a essa jornada, sem saber direito o que iria acontecer. Não há dúvida de que foram identificadas pelos próprios jovens, algumas oportunidades de melhoria, que certamente serão consideradas para as atividades futuras. Afinal, este foi só o primeiro.
EVP/Santa Terezinha: Pe Everaldo, Pe João Filho, Ir Alessandra, Ir Rosa, Serra e Nilde, Ana Maria.
Texto: João Serra - EVP

O Padre Everaldo, pároco, agradece a todos, equipe EVP, amigos, colaboradores e benfeitores, e a todos os jovens, pela realização deste retiro. Todos estão de parabéns.
Que Deus abençoe a todos e conceda uma excelente quaresma.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Nota Oficial da CNBB sobre anúncio da renúncia de Bento XVI


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota na tarde desta segunda-feira, 11 de fevereiro, sobre o anúncio da renúncia do papa Bento XVI feito na manhã de hoje. A seguir, a íntegra da nota:
Brasília, 11 de fevereiro de 2013
P. Nº 0052/13
“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.
Teólogo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o “Papa do amor” e o “Papa do Deus Pequeno”, que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.
A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.
Agradecemos a Deus o dom do ministério de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fraterna, assegurando-lhe nossas preces.
Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.

Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

A ESCOLHA DO NOVO PAPA


A Igreja Católica deve ter um novo Papa até a Páscoa, no próximo dia 31 de março, disse nesta segunda-feira (11) o porta-voz do Vaticano, após o Papa Bento XVI ter anunciado que vai renunciar em 28 de fevereiro.
"Temos de ter um novo Papa na Páscoa", afirmou o padre Federico Lombardi em entrevista.
Segundo o porta-voz, será realizado um conclave (reunião de cardeais para escolher o novo Papa) em 15 a 20 dias após a renúncia.
A renúncia de um papa está prevista no Código de Direito Canônico, no artigo 332.2, que estabelece que, para ter validade, é preciso que seja de livre e espontânea vontade e não precisa ser aceita por ninguém. Segundo o código, uma vez tendo renunciado, o papa não pode mais voltar atrás.
A Sé Vacante (tempo que transcorre entre o momento em que um papa morre ou renuncia até a escolha do sucessor) começará em 28 de fevereiro, às 20h de Roma (17h de Brasília), segundo anunciou o próprio pontífice em sua carta de renúncia.
O último pontífice a renunciar por vontade própria foi Celestino V, em 1294, após apenas cinco meses de pontificado. Gregório XII abdicou a contragosto em 1415 para encerrar uma disputa com um candidato rival à Santa Sé. Outros papas que renunciaram são Ponciano, em 235; Silvério, em 537; João XVIII, em 1009; e Bento IX, em 1045.
Após a saída ou morte do papa, os assuntos da igreja ficam sob a responsabilidade do Cardeal Decano, ou Camerlengo. É ele quem convoca o conclave, que significa “local para reuniões secretas” e reúne todos os 120 cardeais da Igreja Católica no Vaticano. Eles ficam isolados em celas particulares e se reúnem na Capela Sistina duas vezes por dia para votar, durante nove dias, ou pelo tempo necessário.
Durante seus dois mil anos de história, a Igreja Católica modificou várias vezes as modalidades para a designação de um Papa até chegar tardiamente à fórmula atual do conclave. Nada no Evangelho indica como escolher o sucessor do Santo Padre.
A intervenção de soberanos, de grandes famílias, ou até da força armada na escolha dos Papas levou Nicolau II a reagir publicamente em 1060, publicando a bula In Nomine Domini. Este texto codificou permanentemente a eleição dos Papas, que ficou a cargo exclusivamente dos cardeais.
Em 21 de novembro de 1970, Paulo VI definiu as características atuais do colégio eleitoral: a idade limite de um cardeal para participar da eleição é de 80 anos, e no número máximo de cardeis eleitores é 120. João Paulo II confirmou essas regras em fevereiro de 1996 em sua constituição apostólica 'Universi Domini Gregis'.
Os cardeais entram em conclave em no mínimo 15 dias e no máximo 20 dias após a morte ou renuncia de um Papa. Eles passam em cortejo da Capela Paulina até a Sistina. Em seguida, as portas são fechadas, as chaves retiradas, e o isolamento é assegurado pelo cardeal carmelengo no interior, e pelo prefeito da Casa Pontíficia no exterior.
Os cardeais não têm o direito de votar em si mesmo e devem, um de cada vez, prestar juramento de respeito ao voto secreto e de aceitar o resultado. Eles juram igualmente que aquele entre eles que for eleito não renunciará jamais a reivindicar a plenitude dos direitos de pontífice romano.
A votação é feita em papel. Para que um papa seja eleito, o candidato deverá ter pelo menos dois terços dos votos. Em caso de impasse, uma votação pela maioria absoluta é possível.
Depois de cada sessão, os papéis da votação são queimados. Se não houver uma definição, uma substância química é adicionada aos papéis para produzir uma fumaça escura, que sai pela chaminé do telhado do Palácio do Vaticano. Se houver uma definição, a fumaça é branca. Quando o resultado é alcançado, o decano dos cardeais imediatamente pergunta ao eleito se ele aceita a eleição. Se este for o caso, torna-se Papa e sua jurisdição estende-se imediatamente para o mundo católico.
O novo Papa deve declarar o nome que ele escolheu como pontífice.
O novo pontífice é anunciado para a multidão com a frase em latim “Habemus papam”.

O Papa Bento XVI anunciou pessoalmente a renúncia a seu pontificado, nesta segunda-feira, em um discurso durante uma reunião de Cardeais para a canonização de três mártires. O Vaticano afirmou que a renúncia será formalizada no dia 28 de fevereiro. O novo Papa será escolhido pelo conclave de cardeais, como de costume, e a expectativa é que a escolha aconteça até a Páscoa.
Em comunicado, Bento XVI, que tem 85 anos, afirmou que vai deixar a liderança da Igreja Católica Apostólica Romana devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer as obrigações do cargo. O Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo da renúncia.
Bento XVI foi eleito para suceder João Paulo II, um dos pontífices mais populares da história. Ele foi escolhido em 19 de abril de 2005, quando tinha 78 anos, 20 anos mais velho do que seu predecessor quando foi eleito.
Nos últimos meses, o Papa parecia cada vez mais frágil em suas aparições públicas, muitas vezes precisando de ajuda para caminhar. Em seu livro de entrevistas publicado em 2010, Bento XVI já havia falado sobre a possibilidade de renunciar, caso não tivesse condições de continuar no cargo.