O
segundo dia de peregrinação (07/07) dos símbolos da Jornada Mundial da
Juventude (JMJ Rio2013) no Rio de Janeiro foi marcante e histórico. A Cruz
Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora visitaram o Santuário da Medalha
Milagrosa, na Tijuca, Zona Norte da cidade, e a relíquia de João Paulo II, que
se faz presente pela primeira vez numa Jornada, foi exposta aos fiéis. A missa
foi celebrada na manhã deste domingo, 7, pelo arcebispo do Rio de Janeiro e
presidente do Comitê Organizador Local da JMJ, Dom Orani Tempesta, e contou com
a presença do presidente do Pontifício Conselho para os Leigos no Vaticano,
Stanislaw Rylko.
Acolhidos
com uma faixa que lembrava o tema da Jornada desse ano: “Com Maria, somos
discípulos e missionários de Jesus Cristo”, os fiéis lotaram cada espaço da
igreja. A liturgia recordou o envio dos 72 discípulos ao mundo e Dom Orani
afirmou que esses discípulos são os jovens de hoje. “Jesus quis nitidamente
fundar uma comunidade e que os seus discípulos fossem uma extensão de sua
presença. Hoje, os discípulos são vocês.”
João
Paulo II: intercessor da Jornada
Na mesma semana em que foi anunciado o reconhecimento do milagre do criador da
Jornada Mundial da Juventude, João Paulo II, quem também entregou aos jovens a
Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, foi exposta à comunidade a relíquia
de João Paulo II. A relíquia chegou esse mês ao Rio de Janeiro e ficará três
meses na cidade, aos cuidados de Dom Orani.
“João
Paulo II foi quem criou a Jornada Mundial. Ele será declarado santo esse ano.
Trazer a relíquia para cá é um sinal da sua intercessão, da sua presença junto
ao povo carioca que tanto o ama. Levaremos a relíquia a paróquias, vicariatos e
foranias da Arquidiocese para dar a oportunidade de todos sentirem essa
presença.”
Dom
Orani recordou as palavras do Santo Padre dirigida aos jovens da Diocese de
Roma neste domingo. "Queridos jovens, também eu estou me preparando.
Caminhemos juntos rumo a esta grande festa da fé e que a virgem Maria nos
acompanhe." Ressaltou ainda que é preciso confiar na juventude como João
Paulo confiou. “Ver os símbolos passarem por tantas realidades é uma forma de
mostrar ao jovem que ele tem um compromisso com todas essas situações. Para
construir esse mundo novo é preciso encarar cada realidade.”
Marcello
Bedeschi, presidente da Fundação João Paulo II para a Juventude, explicou a importância
da relíquia, entregue pelo João Paulo II. “O beato entregou este relicário para
que cuidássemos e usássemos no futuro em todas as Jornadas. É a primeira vez
que ele se faz presente numa edição do evento.”
“A
Jornada é um dom que vem do alto”
O cardeal Rylko afirmou que a maior alegria de sua viagem ao Brasil foi encontrar uma comunidade viva e alegre. “O Santo Padre Francisco nos ensina que é preciso viver a fé com um coração jovem. A Jornada Mundial do Rio está prestes a iniciar. Entreguemos a ele a intercessão pelos frutos espirituais desse evento. Sabemos que as JMJs não são somente uma obra humana, é um dom que vem do alto. João Paulo II dizia que os jovens precisavam voar alto e Papa Francisco disse que os jovens devem dedicar as suas vidas a coisas grandes. Confiemos, sobretudo, na divina providência."
O cardeal Rylko afirmou que a maior alegria de sua viagem ao Brasil foi encontrar uma comunidade viva e alegre. “O Santo Padre Francisco nos ensina que é preciso viver a fé com um coração jovem. A Jornada Mundial do Rio está prestes a iniciar. Entreguemos a ele a intercessão pelos frutos espirituais desse evento. Sabemos que as JMJs não são somente uma obra humana, é um dom que vem do alto. João Paulo II dizia que os jovens precisavam voar alto e Papa Francisco disse que os jovens devem dedicar as suas vidas a coisas grandes. Confiemos, sobretudo, na divina providência."
Para
um grupo de jovens poloneses, devotos de João Paulo II, a visita foi ainda mais
especial. O cardeal abençoou a bandeira de João Paulo que eles levam ao mundo
desde a Jornada de Madri. “No fundo, não estamos aqui para nos encontrarmos com
milhões de jovens ou com o Papa, mas para encontrar Cristo. E a Cruz é o
símbolo de Cristo de forma mais profunda. Na Polônia, temos uma grande devoção
à Maria, nós caminhamos até 400 km para encontrar com ela, é ela que conduz
Jesus”, disse Wojciech Pilarezyk.
Ao
final da celebração, enquando os símbolos saíam em procissão até o Hospital São
Vicente de Paulo, a comunidade rezava o terço diante da relíquia de João Paulo
II. Ao som de Maria de Nazaré, a Banda dos Fuzileiros Navais acompanhou a
procissão.
Frei
Marcos comemorou por conseguir tocar na Cruz. "Jesus se entregou a
humanidade com essa cruz nos ombros. Por isso, carregá-la hoje é uma honra. E
para mim, ela não é pesada, é na medida certa", garantiu.
Aos
76 anos, a irmã Maria Idinê Soares Braga ficou na ponta dos pés para ajudar a
carregar a cruz até o hospital São Vicente de Paulo. "Eu fiz questão de
carregar a Cruz, porque quando a relíquia entrou na igreja eu pedi uma graça
para uma pessoa que está muito doente e eu sinto que ela vai conseguir se
curar. E eu precisava carregar para agradecer. Eu quase não aguentei, mas valeu
a pena o esforço que eu fiz. E eu vou até o fim da Jornada",
comemorou.
Para
a jovem Larissa Luma, de 21 anos, a celebração no santuário mostra a união da
Igreja. “Eu senti que não estou sozinha, tem mais gente crendo e participando.
Eu estava outro dia comemorando pela Jornada ser aqui e hoje a veja acontecer.
Eu nem sou da época de João Paulo II, mas o carinho já é intenso e eu posso
sentir a presença dele. Porque ele falava com o olhar, foi isso que ficou dele
para mim", declarou.
Entenda
a Relíquia
Há uma tradição em que, no funeral do Papa, o caixão é colocado no presbitério de São Pedro, em Roma. Em cima dele, é colocado o Evangelho. Quando morreu João Paulo IIno final da celebração, houve uma grande ventania. O vento fazia com que as páginas da bíblia ficassem passando, até que ela se fechou. O momento profético foi a inspiração da obra de arte que carrega uma pequena ampola com o sangue de João Paulo II, o mesmo sangue observado em São Pedro.
Há uma tradição em que, no funeral do Papa, o caixão é colocado no presbitério de São Pedro, em Roma. Em cima dele, é colocado o Evangelho. Quando morreu João Paulo IIno final da celebração, houve uma grande ventania. O vento fazia com que as páginas da bíblia ficassem passando, até que ela se fechou. O momento profético foi a inspiração da obra de arte que carrega uma pequena ampola com o sangue de João Paulo II, o mesmo sangue observado em São Pedro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário