A
organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 está cada vez mais
atenta à segurança dos peregrinos e da população em geral nos dias
que envolvem a realização do evento. Um protocolo de segurança já foi criado
para dividir as tarefas entre as forças de segurança. A Polícia Militar e a
Guarda Municipal têm um papel mais próximo dos peregrinos.
O
controle de abertura e fechamento de vias, segurança de pontos turísticos e
passagem de grupos estará sob a responsabilidade da Polícia Militar. Ou seja,
cabe ao órgão a estruturação do policiamento urbano, contando sempre com
reforço de efetivo.
Da
parte da Guarda Municipal, haverá dez módulos operacionais com prioridade para
pontos turísticos e patrulhamento constante nos acessos ao metrô e estações de
trem. Serão mais de 200 agentes divididos por esses módulos, com aumento da
ronda escolar para zelo das escolas municipais (625 escolas) e para os eventos
serão aproximadamente 1300 agentes com prioridade para Copacabana.
O exército também
discutiu um acordo operacional de segurança para a JMJ Rio2013.
As
demais forças policiais serão envolvidas de acordo com um protocolo de
atividades, um manual que não permite improviso durante o evento, e protocolos
de reação. Trata-se de um passo a passo bem detalhado, com mais de 50 mil ações
descritas. O protocolo faz parte do planejamento da Secretaria Extraordinária
de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça, que
juntamente com o Ministério da Defesa coordenam a segurança.
O
planejamento detalhado para a segurança do evento foi elogiado pelo general
Domenico Giani, comandante da Gendarmeria (Polícia do Vaticano). “Creio que não
se terá nenhum problema de segurança nem com o Papa nem com as pessoas que lá
estarão porque estamos estudando tudo nos mínimos detalhes, com todas as
particularidades”, garantiu.
Presidente
do Comitê da JMJ fala sobre manifestações
O
arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da
JMJ Rio2013, Dom Orani Tempesta, falou nesta quarta-feira, dia 19, sobre as
manifestações populares que aconteceram no Rio de Janeiro e em diversas
capitais brasileiras nos últimos dias.
Dom
Orani afirmou que, de acordo com conversas entre ele e algumas autoridades
públicas, os protestos não afetam a plena realização da Jornada. Segundo ele,
“a questão da Jornada é muito bem vista por todos”.
Para
o arcebispo, o desejo de construir uma civilização melhor que esses jovens
estão levando às ruas “está dentro do espírito da Jornada, da união por um
mundo novo, por uma vida nova, uma nova sociedade. O jovem católico também tem
esses anseios e sonhos, porém, com Cristo no coração”.
“A
Jornada é um evento positivo, com a juventude. Uma juventude que tem valores;
valores cristãos, valores que também querem mudar o mundo com um coração de
justiça e de paz, e que podem dar um olhar diferente para essas reinvindicações
aqui no Brasil”, reforça Dom Orani.
Os
protestos iniciaram há algumas semanas por pequenos grupos contra o reajuste do
valor da passagem no transporte público, mas ganharam grande apoio popular nos
últimos dias. A massa que se juntou aos grupos viu nos atos públicos uma
oportunidade para manifestar insatisfação também com os problemas sociais e a
corrupção. Os protestos geralmente são pacíficos, apesar da ação de pequenos
grupos extremistas que não têm o apoio da maior parte dos manifestantes. Os
governos das cidades afetadas já estão tomando providências no diálogo e acordo
com os manifestantes.
Fonte: www.rio2013.com
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