Numa
época em que se respira o clima romântico do Dia dos Namorados em tudo, andam
dizendo por aí que os solteiros sofrem “bullying”. Brincadeiras à parte, o
“estar solteiro” é um assunto que dá o que falar, principalmente numa sociedade
em que os compromissos definitivos são relativizados e postos à prova, pois tem
muita gente por aí querendo só “curtir a vida”.
Falar sobre o universo dos
descompromissados é bem complexo e não caberia em um único artigo, desta forma
gostaríamos apenas de abrir a discussão e não dar respostas prontas, porque
cada solteiro vive algo bem particular.
Há
pessoas, por exemplo, que preferem o ‘estar’ solteiro à faculdade, à carreira
profissional, aos amigos, à família, porque estes são os focos do momento. Por
outro lado, há pessoas que estão solteiras, porque, de fato, não lhes
apareceu alguém. Aí… paciência! Não é o fim do mundo. Mas nem todos encaram
isso com tranquilidade e maturidade, pois para alguns a idade vai passando, os
amigos vão se resolvendo e aquela história de “ficar pra titia (ou titio)”,
somada à pressão social de “ter alguém”, emerge como um tipo de fracasso na
vida.
Para
o Cristianismo, nem todas as pessoas são chamadas ao matrimônio, mas isso não
quer dizer que exista uma vocação à “solteirice” – como que equiparado ao matrimônio
-, muito menos pode existir, na condição de solteiro, um desprezo ao casamento
ou à sexualidade.
Também as pessoas que
vivem sós podem ter uma vida plena. Talvez seja da vontade de Deus que ela se
preocupe com pessoas que não contam com o apoio de ninguém. Não raramente até,
Deus chama tal pessoa a uma proximidade de Si; é o caso de renunciar a um
parceiro, ‘por causa do Reino de Deus’ (Mt 19, 12).
Para
os que estão abertos e querem encontrar sua “cara metade”, vale lembrar que, na
visão cristã, não se busca alguém para ser feliz, mas para fazer o outro feliz.
Desta forma, um namoro segundo a vontade de Deus nasce a partir do amor que
tenho por mim e que transborda para um outro.
Não
existe aquela história de procurar alguém para preencher o meu “vazio
existencial”, pois o encontro entre dois vazios certamente acabará num grande
nada. Lembre-se de que, por mais que você encontre a pessoa da sua vida, existe
em você um espaço que só Deus pode preencher.
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